This is an open access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), which permits reproduction, adaptation, and distribution provided the original author and source are credited.ANTOGNAZZA, M.R. 2016. Leibniz: A ery short intro uction. Oxford, Oxford University Press, 175 p.Leibniz escreveu tanto que levará muito tempo até que sejam finalmente pu licadas suas obras completas. Otimistas falam em décadas, pessimistas falam em séculos. Levando isso em conta, tudo o que podemos fazer é apresentar um retrato das obras de Leibniz a partir do material disponível. É exatamente isso o que a professora Maria Rosa Antognazza faz nesse pequeno e poderoso livrinho.Maria Rosa Antognazza é professora do King's Co lege de Londres. No seu cur ículo encontramos artigos como "The hypercategorematic infinite" (2015) O livro é muito bem organizado. O capítulo 1 trata da biografia de Leibniz. Tal como Spinoza, Leibniz teve que traba har para sobreviver. Jurista por formação, Leibniz traba hou como diplomata e também como engenheiro de minas, entre tantas outras atividades. Tal amplitude no e ectro de ofícios foi possível por causa da enorme curiosidade de Leibniz, mas também por sua genialidade e bri hantismo. Nas horas vagas, e também em horas, dias e anos em que ele deveria e ar se ocupando das tarefas a ele delegadas pelos seus exa erados empregadores, Leibniz deu contribuições decisivas à física, à matemática e à filosofia.O capítulo 2 trata da lógica de Leibniz. Aqui vemos o quanto Leibniz foi importante para o desenvolvimento da ciência da computação. Em uma Europa fragmentada por uer as religiosas, Leibniz propôs que decidíssemos disputas religiosas, e quaisquer diferenças de opinião, através do cálculo. Para isso, seria preciso identificar os conceitos fundamentais, aqueles que compõem outros conceitos e que fazem parte das opiniões, e defini-los com precisão. Uma vez feito isso, poderíamos usar uma máquina -um análogo do ábaco, por exemplo -para calcular quem tem razão em uma disputa. Este projeto não foi realizado por Leibniz, e nós sabemos por quê. É preciso uma lin uagem que a máquina entenda, e um meio da máquina passar das informações fornecidas a conclusões. Ora, é isso o que temos com nossas lin uagens de programação e nossos processadores digitais. Isso Leibniz não tinha como produzir, mas vislumbrou.O capítulo 3 trata dos projetos de enciclopédias e academias de ciências propostos por Leibniz. A Alemanha da virada dos séculos XVII-XVIII era um conjunto de "cidades-e ado" relativamente independentes. Al umas dessas unidades políticas eram suficientemente grandes para