Nesse artigo nos propomos pensar a noção de espírito encarnado em MerleauPonty e a pintura de Paul Cézanne em contato direto com o mundo bruto e vertical, o que proporciona, a partir da cria ção, o contato com o ser e sua possibilidade de transcendência pela expressão. Essa discussão considera a possibilidade de pensar uma nova via de investigação filosófica que tome como modelo a pintura e a transcendência da obra de Cézanne, de modo que a filosofia se assente no solo prévio de todo conhecimento que é a própria expressão do ser e se configure enquanto latência e abertura.