Extrato da casca do fruto do cacaueiro como fertilizante potássico no crescimento de mudas de cacaueiro

Abstract

Em função da importância da casca do fruto como principal resíduo da cacauicultura e as possibilidades de seu uso, este trabalho teve como objetivos realizar análise de nutrientes do extrato orgânico obtido por lavagem do composto de casca e avaliar seu efeito como fertilizante potássico no solo e no crescimento de mudas de cacaueiro. O ensaio foi realizado em casa de vegetação, com aplicação de doses de extrato via solo, cultivo em tubetes e mudas seminais de cacaueiro. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com três repetições, e a unidade experimental formada por nove plantas crescidas individualmente em tubetes. Os tratamentos foram 5 doses de K: zero; 125; 250; 500 e 1.000 mg de K dm-3 de solo. Após 120 dias da aplicação do extrato no solo, verificou-se que o pH, a saturação de bases e os teores disponíveis de Ca, Mg, K, Zn e Mn aumentaram, e o teor de Al e Fe diminuíram. Os resultados também evidenciaram que a dose de 1.000 mg K dm-3 de solo desequilibrou as relações K/Mg e K/Ca nas folhas com redução no crescimento das mudas. Mudas de cacaueiro apresentaram crescimento significativo em função de doses de K e, considerando a facilidade de produzir e aplicar o extrato da casca do fruto do cacaueiro, é possível usá-lo como fonte de K na produção de mudas de cacaueiro.

Aplicação De Nitrogênio E Potássio via Água De Irrigação No Crescimento De Mudas Clonais De Cacaueiro

“…Deve-se também considerar a elevada capacidade que a FC (fibra de coco) tem de liberar íons Na e K e com isso contribuir para elevar a CE dos substratos o que não ocorreu nesse experimento. Nesse contexto, Sodré (2012) verificou que a CE da FC alcançou valor de 6,6 dS m -1 esse valor é 3,3 vezes superior a 2,0 dS m -1 que representa o limite superior de CE adotado por viveiristas para mudas de cacaueiros.…”

“…Esse resultado é parcialmente corroborado por Hartmann et al (1997) ) por Malavolta et al (1997). Em relação ao potássio, verificou-se que os teores na primeira amostragem não variaram e que o tratamento 4 apresentou o maior valor de K na folha (18,3 g kg -1 ), no entanto, este valor encontra-se baixo em relação ao encontrado em mudas de cacaueiros por Sodré et al (2012), entretanto na faixa média do recomendado para a cultura que é de 17 a 20 g kg -1 (Malavolta et al, 1997).…”

Análise da cinética de secagem e do encolhimento das cascas de cacau

“…Sabendo que a casca é o principal resíduo e que para produzir uma tonelada de amêndoas secas são geradas sete toneladas de cascas frescas, fica claro que existe a possibilidade de exploração deste material. Apesar disso, as cascas ficam muito tempo depositadas nos solos das lavouras e podem causar a proliferação de fungos patogênicos como a vassoura-de-bruxa, uma das principais doenças que acometem o cacaueiro (SODRÉ et al, 2012;BATISTA, 2014;GALDINO et al, 2016).…”

Influence of Environmental Factors on Cacao Biometric Attributes

“…In this actions it is important the joint engagement of cacao science and governmental institutions. For example, among current technological and environmental challenges facing the world cacao production (FAO, 2003;WCF, 2014) can be cited: increased production and productivity by deployment of higher yielding and tolerant cultivars of the main diseases and pests (Pereira, 2001;Ayestas et al, 2013;Dias, 2001;Lopes et al, 2011;Monteiro & Ahnert, 2012;Muniz et al, 2013), phytotechnical use of technology and agricultural mechanization in the stages of planting, pruning, harvesting and postharvest processing (Adzimah;Asiam, 2010;Bentley et al, 2004;Caires et al, 2014;Icco, 2009;Somarriba, 2004;Wood & Lass, 1985), irrigation (Carr & Lockwood, 2011), the use of crop residues (Sodré et al, 2012), intercropping (Icco, 2010;Müller & Gama-Rodrigues, 2012;Ruf, 2015), and quality certifications related to environmental services and the nutritional quality of the produced beans (Afoakwa, 2010;Amores et al, 2009;Badrie et al, 2015;Jacobi et al, 2015;Obeng & Aguilar, 2015).…”