A radiação UV-C vem sendo utilizada como método alternativo no controle de doenças na pós-colheita de frutos. A podridão parda é uma das principais doenças que acomete pêssegos desde o início do desenvolvimento até a senescência. Neste trabalho, avaliou-se o efeito da radiação UV-C na indução de resistência à podridão parda de pêssegos cv. Chimarrita, em frutos com e sem ferimentos. As variáveis avaliadas foram a severidade da doença, o teor de compostos fenólicos e a capacidade antioxidante. A aplicação da radiação UV-C, tanto como controle preventivo como curativo, não protegeu o pêssego contra a infecção do patógeno, mesmo em frutos sem ferimento. Entretanto, atrasou em um dia o aparecimento de lesões nos frutos não feridos, o que pode ser interessante economicamente para a cadeia produtiva do pêssego. Ao avaliar o teor de compostos fenólicos totais e a capacidade antioxidante, verificou-se que frutos submetidos à radiação UV-C tiveram incrementos nessas propriedades. Tal fato indica que esse tratamento físico (UV-C) estimula o metabolismo secundário, ao menos da síntese de compostos fenólicos, mas não é suficiente para gerar resistência à podridão.