1999
DOI: 10.1590/s0100-15741999000300008
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Sugestões docentes para melhorar o ensino de surdos

Abstract: RESUMOEste artigo trata de uma pesquisa realizada junto a professoras de surdos, numa perspectiva de valorização das percepções docentes sobre temas relacionados ao seu fazer pedagógico, visando a sua melhoria. Teve por objetivo investigar o tipo e o nível de reflexão dessas professoras. Para tanto, foram entrevistadas 13 professoras de duas grandes escolas para surdos que trabalhavam sob a concepção da Comunicação Total. Os dados obtidos foram analisados a partir de quatro eixos temáticos, os quais emergiram … Show more

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“…Infelizmente, grande parte dos alunos surdos, frequentadores de classe inclusiva, no ensino regular, não tem acesso aos conhecimentos valorizados culturalmente pela escola, pelo fato de não terem se apropriado de um sistema linguístico, seja este auditivo-verbal ou gesto-visual, no caso de uma língua de sinais (MARTINS e GIROTO, 2011, p. 3) Salles, Faustich e Carvalho (2004) justificam o fracasso escolar dos discentes surdos em decorrência de uma gama de fatores que possui em comum a condição de ser obrigado a ultrapassar a deficiência sendo desagradável adquirir as mesmas habilidades dos discentes ouvintes. Somado a isso, Dorziat (1999) [...] a filosofia de educação bilíngue tem proposto o acesso da criança a duas línguas: a de sinais e a oficial do país, neste caso na modalidade escrita. Contrária à filosofia da Comunicação Total, nesta visão, ambas as línguas não podem ser usadas simultaneamente pelo fato de possuírem estruturas diferentes.…”
Section: O Universo Literário Dialogando Com a Inclusão De Alunos Surdosunclassified
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“…Infelizmente, grande parte dos alunos surdos, frequentadores de classe inclusiva, no ensino regular, não tem acesso aos conhecimentos valorizados culturalmente pela escola, pelo fato de não terem se apropriado de um sistema linguístico, seja este auditivo-verbal ou gesto-visual, no caso de uma língua de sinais (MARTINS e GIROTO, 2011, p. 3) Salles, Faustich e Carvalho (2004) justificam o fracasso escolar dos discentes surdos em decorrência de uma gama de fatores que possui em comum a condição de ser obrigado a ultrapassar a deficiência sendo desagradável adquirir as mesmas habilidades dos discentes ouvintes. Somado a isso, Dorziat (1999) [...] a filosofia de educação bilíngue tem proposto o acesso da criança a duas línguas: a de sinais e a oficial do país, neste caso na modalidade escrita. Contrária à filosofia da Comunicação Total, nesta visão, ambas as línguas não podem ser usadas simultaneamente pelo fato de possuírem estruturas diferentes.…”
Section: O Universo Literário Dialogando Com a Inclusão De Alunos Surdosunclassified
“…(BANDINI, OLIVEIRA e SOUZA, 2006, p. 52).Por consequência, decidimos utilizar material didático traduzido em Libras não apenas por ser mais compreensível ao discente que possui o entendimento dessa língua, mas também para ajudar àqueles que estão desenvolvendo a mesma. Sendo assim, é necessário elucidar que há três tendências na educação do surdo: educação oral, comunicação total e utilização das línguas nacionais de sinais(DORZIAT, 1999;PEREIRA, 2005; BANDINI, OLIVEIRA e SOUZA, 2006). Para melhor entendimento, Martins e Giroto (2011) esclarecem as concepções centrais de cada uma dessas habilidades teórico-filosóficas:O Oralismo que defende o uso exclusivo da língua oral na interação surdos/ouvintes, enfatiza a importância do uso de habilidades auditivas como pré-requisitos para o desenvolvimento da linguagem, pois seus precursores propõem um trabalho intensivo de estimulação auditiva, o qual deve iniciar-se o mais cedo possível na vida da criança surda(MARTINS e GIROTO, 2006, p. 8-9).…”
unclassified
“…Com estudantes ouvintes, nota-se por meio das observações a disponibilidade do surdo para empregar a escrita e a mímica, mas com preferência pela Libras. Isso se confirma no depoimento do acadêmico surdo: Dorziat (1999) reconhece na língua de sinais a melhor maneira para se comunicar em substituição à linguagem oral utilizada pelos ouvintes, entretanto identifica como outras possíveis maneiras de estabelecer comunicação a oralidade, sinais, leitura labial, escrita, desenho, gestos, principalmente quando se trata da prática pedagógica. A autora refere que prover o surdo de uma comunicação total facilita a relação entre professor e aluno surdo.…”
Section: Formas De Comunicação Utilizadasunclassified
“…Isso reforça a preferência pela oralização. Dorziat (1999) reporta-se acerca da atuação do professor com um aluno surdo, assinalando que poderá até ser habilidoso na tentativa de se comunicar e ensiná-lo, mas sempre irá imprimir sua visão de ouvinte à língua de sinais, merecendo uma formação especial para melhor conduta com o surdo, pois não tem em sua grade curricular princípios da língua de sinais. O autor ainda refere que o professor adota uma visão baseada no princípio da "normalidade" e "adaptação à sociedade", não sendo possível àquele desvencilhar-se de valores socialmente constituídos, deixando-os influenciarem sua prática.…”
Section: O Professor E Suas Dificuldades Na Inter-relação Com O Acadêunclassified
“…Aliado a isso, salienta-se o fato de os alunos surdos serem tardiamente ensinados a utilizar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para se comunicarem, pois, na maioria dos casos, nascem em uma família de ouvintes que não conhecem a LIBRAS e, ao diagnosticar a surdez da criança, param até mesmo de conversar com ela, não estimulando a leitura labial e o fortalecimento dos laços familiares (DORZIAT, 1999) Logo, optou-se pela construção do material didático utilizando LIBRAS não só por ser acessível ao aluno que tem o domínio dessa língua, mas também para auxiliar àqueles que estão aprendendo a LIBRAS.…”
Section: Por Que O Aluno Surdo?unclassified