Mineralogia e gênese de argissolos das Serras do Tabuleiro/Itajaí, Estado de Santa Catarina

Abstract

RESUMOAs rochas do escudo cristalino, que afloram na porção centro-leste e nordeste do Estado de Santa Catarina, estão dispostas em relevo forte ondulado e montanhoso da unidade geomorfológica Serras do Tabuleiro/Itajaí. A movimentada superfície é resultante dos ciclos tecto magmático metamórficos sofridos pela crosta, responsáveis pelo retrabalhamento de rochas muito antigas formadas do Arqueano ao Proterozoico. Esse compartimento é constituído por rochas metamórficas, e informações sobre pedogênese e composição mineralógica dos solos delas derivados são escassas, fator que motivou a condução deste trabalho. Cinco perfis resultantes da pedogênese desses materiais foram estudados. O primeiro, desenvolvido de hornblendito do Complexo Granulítico de Santa Catarina (P1), foi descrito no topo de elevação em Pomerode, em condições de relevo forte ondulado. O segundo e o quinto perfis (P2 e P5), ambos desenvolvidos de granulitos máficos do mesmo complexo, respectivamente em Massaranduba e Blumenau, foram descritos na base da encosta, em relevo local ondulado. O terceiro perfil (P3), resultante da alteração de xistos do Complexo Metamórfico Brusque, foi descrito em encosta de relevo forte ondulado, em Botuverá. O quarto perfil (P4) foi fruto da pedogênese de granitoides foliados da faixa Granito-Gnáissica Faxinal, sendo descrito no terço inferior da encosta, num relevo ondulado. Foram feitas descrições gerais e morfológicas dos solos e da litologia subjacente, análises físicas e químicas de caracterização e análises mineralógicas da fração argila por difratometria de raios X (DRX), procurando avaliar as transformações sofridas pelos minerais presentes nas rochas durante a evolução dos solos. Todos os solos apresentaram alta relação textural e, ou, grau de desenvolvimento de estrutura em blocos, associada à presença de cerosidade, caracterizando a presença de horizonte

Atributos químicos, físicos e mineralógicos de solos derivados de rochas sedimentares do Planalto de Lages-SC, Brasil

“…No Cambissolo Húmico Alumínico típico, derivado de siltitos da Formação Rio do Rastro, as análises mineralógicas da fração argila, indicaram na amostra saturada com Mg quantidade expressiva de caulinita (picos em 0,714, 0,446 e 0,357 nm), assim como mica e, ou, ilita (picos em torno de 1,00 e 0,500 nm) no horizonte Cr, seguida de proporções baixas de quartzo (picos em 0,425 e 0,334 nm) (Figura 2D). Não houve expressão de picos na região de 1,4 nm, apenas pequena elevação do "background" entre 1,0 e 1,4 nm nos tratamentos de saturação com Mg e K25, indicativos de possível formação de interestratificados ilita-vermiculita (Briguenti et al, 2012).…”

“…A clorita é um mineral facilmente intemperizável podendo se encontrar na rocha ou nos horizontes acima da mesma, dependendo da intensidade do intemperismo (Briguenti et al, 2012;Ottner et al, 2013).…”

“…Devido as condições de clima úmido, grande parte dos solos do Estado de Santa Catarina (SC) sofreram forte intemperismo, resultando em intensa lixiviação de bases, o que culminou com a formação de solos ácidos e com elevados teores de alumínio trocável (Briguenti et al, 2012;Ferreira, 2013). Dependendo da região, do material originário dos solos, da sua posição no relevo e idade, no entanto, podem ocorrer variações significativas na fertilidade química dos mesmos, bem como variações na expressão dos seus componentes mineralógicos (Almeida et al, 2018a).…”

Use of proximal sensor for soil classes separation applying Principal Component Analysis (PCA)

“…The predominant presence of specific minerals, for example, reflects the weathering state of the soil. The class of Ustuls presents mineralogy predominantly formed by kaolinite, feldspars, illite, and quartz (Lima et al, 2008;Brighenti, et al, 2012) while Ustorthents present also pyroxenes, olivines, and plagioclases in the clay fraction (Pedron et al, 2012). In Ustalfs, because they are high-active clay soils, a predominance of smectites and vermiculites is expected (Araújo, 2000;Corrêa et al, 2003).…”

Teores de cobalto e manganês em solos de Santa Catarina

“…Foram avaliados os horizontes A e B de 56 perfis de solos do estado de SC, coletados, descritos e classificados (ALMEIDA et al 2003, CORRÊA 2003, PAES SOBRINHO et al 2009, ALMEIDA et al 2009, BRINGHENTI et al 2012, TESKE et al 2013, LUNARDI NETO & ALMEIDA 2013, FERREIRA 2013) (Tabelas 1 e 2, Figura 1). Ao todo, foram utilizadas 107 amostras que compõem o banco de solos do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).…”