“…Entretanto, mesmo tendo sido utilizada em estudos internacionais com populações de ambos os sexos 12,13,17,22,23 , essa escala pode estar sujeita a possíveis vieses, levando a superestimativa da prevalência de depressão, em função de ter sido originalmente criada para rastreio de depressão pós-parto, e não para diagnóstico de depressão em população geral. Além disso, o fato de a população avaliada derivar de uma região de baixa condição socioeconômica também pode ter contribuído para a alta prevalência de depressão, uma vez que, independente do instrumento utilizado, a ocorrência de depressão tem forte associação com indicadores sociais e econômicos, como baixos níveis de renda e escolaridade 7,8,18,19,26,[29][30][31] . Encontrou-se associação entre maiores índices de depressão em pessoas do sexo feminino, refletindo um dado bastante conhecido na epidemiologia das doenças mentais, dado esse também confirmado em outras pesquisas 7,26 .…”