RESUMO -A hanseníase é uma doença negligenciada e um problema de Saúde Pública, sendo que o Brasil é o segundo país no mundo em número de casos novos. É uma condição infectocontagiosa que pode deixar sequelas que pioram seu estigma. Atualmente, no momento do diagnóstico, o grau de incapacidade física encontrado nos pacientes tem sido alto, o que demostra suspeição tardia. A realização de pesquisas que propiciem alerta às instituições de ensino médico sobre a necessidade de melhorar a qualificação de seus profissionais é de suma importância. Objetivo: Verificar o grau de conhecimento dos médicos residentes de áreas clínicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), campus Sorocaba, no atendimento ao hanseniano. Método: Estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado com 19 médicos residentes de áreas clínicas da PUC-SP em 2019. A coleta de dados foi feita em 2 questionários autoaplicáveis (o primeiro com perfil sociodemográfico e 4 perguntas fechadas, e o segundo respondido antes e após a intervenção educativa). Resultados e Discussão: A amostra foi composta predominantemente por mulheres (84%), com idade inferior a 30 anos (63%) e formadas nos últimos 5 anos (79%). O incremento no conhecimento imediato foi em média correspondente a 17,5%, sendo significante pelo teste t de Student. Constatou-se que as dificuldades encontradas em algumas perguntas fechadas (para cerca de 80% dos participantes) foram relacionadas a diagnóstico e 1 Dermatologista, CREMESP 66430, mestrado em Educação nas Profissões de Saúde pela PUC-SP, Brasil (2020) e Preceptora da disciplina de dermatologia do internato e residência de dermatologia da PUC-SP;