RESUMO: Em virtude de sugestão decorrente da investigação experimental, foi usado o praziquantel, através de duas administrações intervaladas por dez dias, como tentativa para controlar a himenolepíase devida à Hymenolepis nana, em coletividade semifechada. Houve emprego, em cada oportunidade, de 25 mg/kg, tendo ficado comprovada a validade dessa conduta, a despeito da ocorrência de raras positivações, interpretadas como reinfecções, durante o seguimento. O presente estudo afigura-se importante no contexto das medidas destinadas a combater globalmente a himenolepíase em apreço, em comunidades fechadas ou semifechadas, diante da possibilidade de aproveitamento da elevada atividade curativa do praziquantel.
UNITERMOS:
INTRODUÇÃOO tratamento de himenolepíase devida à Hymenolepis nana constituía, até recentemente, importante problema na terapêutica das parasitoses intestinais e, mesmo com a disponibilidade de drogas anti-helmínticas dotadas de largo espectro de ação, exemplificadas pelo mebendazol, não haviam sido ainda conseguidos, para debelar tal parasitose, recursos curativos bastante satisfató-rios. Essa situação modificou-se com a verificação, em experimentação laboratorial e posterior aplicação na prática médica, de que o praziquantel é extremamente eficaz, convindo salientar, a propósito, os elevados ín-dices de sucesso, de 88,2% até 100%, propiciados pelo medicamento em apreço 2,4 . Como decorrência dessa qualidade do composto citado, pesquisadores decidiram usá-lo em tentativas de controle da verminose em coletividades fechadas, onde os mecanismos de transmissão são mais favoráveis, a prevalência é maior e a reinfecção afigurase mais fácil. Assim, Rocha e col.6 recorreram à dose única de 25 mg/kg, prescrita em quatro oportunidades separadas por perío-dos de dois meses, mas não conseguiram o desejado êxito.