se consolidou a partir da centralidade do estado na condução das economias e de programas de desenvolvimento integrados e se nutriu da oposição, passível de ser vencida (pelo menos como princípio de esperança), entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos desde o famoso discurso de harry truman em 1949.no entanto, com todas as vicissitudes e os desgastes, a ideia de desenvolvimento (e todos os derivados que geralmente aparecem ligados ao termo "desenvolvido": sub, semi, pós) não perde força imaginativa e poder conceitual, mesmo em meio à ruína que um olhar crítico poderia depurar. Artifí-cio ideológico, implicação de um poder discursivo ou esperança de superação de problemas como a pobreza e a desigualdade, deve-se destacar sua resiliência diante das tentativas de desconstrução. Mesmo assim, parece ter se tornado chave a suspeita de que a discussão sobre o desenvolvimento nas ciências sociais e no campo das políticas pú-Com uma história de mais de meio século de políticas, programas, debates acadêmicos e teóricos acalorados, o tema do desenvolvimento perpetua--se insistentemente nas ciências sociais. A "década perdida" e a efetivação de princípios de governo neoliberais pareciam prometer soterrar um tópico que * este artigo é um dos resultados do estágio como research scholar na University of north Carolina at Chapel hill (2009)(2010). sou grato a Arturo escobar por proporcionar-me condições de trabalho e estudo e a Walter Mignolo pela oportunidade de participar do seminário "education, Development, Freedom" na Duke University. As discussões com ondina Leal, Javier Pabón, Adriana Paredes e rodrigo Medeiros enriqueceram o texto. Agradeço também às contribuições dos pareceristas anônimos da RBCS e ao CnPq pela concessão dos recursos financeiros. todas as incoerências e incorreções deste artigo são responsabilidade do autor.