“…Duarte, 2018). Por outro lado, esse bloco também historicamente defendeu o direito de os países "em desenvolvimento" emitirem gases estufa para se desenvolverem, assim como fizeram os países do Norte no passado, de modo que, somente em um futuro relativamente distante, países do Sul deveriam assumir metas de redução de emissões legalmente vinculantes (Barros-Platiau, 2010;Kartha, 2011;Carvalho, 2012) 10 . Países do Norte global, em contraposição, em diversos momentos da história da UNFCCC, colocaram ênfase no elemento comum da responsabilidade pela mitigação do aquecimento da temperatura global, de modo que, segundo eles, países em desenvolvimento, particularmente aqueles com maiores níveis de emissão de gases estufa, como China, Índia e Brasil, também deveriam ter metas de redução de emissões(Jamieson, 2001;Rajão;Duarte, 2018).Por conta dessas divergências entre países do Norte e do Sul global, a postura brasileira nas negociações da UNFCCC foi majoritariamente de entender as COPs como um espaço de disputa geopolítica de países do Sul contra países do Norte.…”