A presente resenha sobre o livro Madness in Cold War America de Alexander Dunst busca apresentar a trajetória da loucura entre uma patologia e a retórica cultural e de estado americano. A partir de cinco capítulos densamente construídos o autor apresenta a importância de localizar a loucura como produto da Guerra Fria. A partir de fontes literárias e cinematográficas o autor faz uma intensa analise sobre como a psicanálise e psiquiatria se tornou popular no cotidiano dos americanos. Ademais, a retórica do governo americano também utilizou do vocabulário teórico da psicanalise para enquadrar os indivíduos que eram compatíveis com a ideologia liberal, dessa maneira, a polarização entre o normal e louco se estendeu tanto para uma condenação da União Soviética como irracional/ patológica como também para enquadrar os comportamentos aceitáveis na sociedade americana.