O discurso da diversidade

Existência e resistência

“…O Discurso da diversidade é articulado justamente na definição dessas marcações das diferenças, na transformação dos particulares em universais e na marcação de novas diferenças. Os moradores das periferias das grandes cidades podem marcar na exclusão social sua diferença e fazer dessa seu mote de luta (NICOLAU NETTO, 2014) Esse contexto de valorização da diversidade, de certo modo, amplia a possibilidade de voz de espaços estigmatizados, em especial quando se faz valer certo multiculturalismo policêntrico que, segundo a definição de Ella Shohat e Robert Stam, pensa e imagina 'direto das margens', pois encara as comunidades minoritárias não como 'grupos de interesse' a serem 'adicionados' a um núcleo preexistente, mas como participantes ativos no centro de uma história comum de conflitos" (SHOHAT e STAM, 2006, p. 88) Esse diagnóstico, que revela a importância assumida pela produção da diferença como requisição de direitos, é também desenhado por Nancy Fraser, que logra às novas lutas por reconhecimento um papel tão fundamental quanto à luta por redistribuição, protagonizada historicamente por movimentos sociais e organizações políticas clássicas. Ao tentar compreender o modo como essa nova forma de luta embaralhou os modelos clássicos de organização política, a autora afirma:…”

Dos conflitos ao pacto

“…O discurso da diversidade, que ordena o diferente (Nicolau Netto, 2014), é muito marcado também pela ideia da cultura como um direito 10 .…”