“…As discussões remetem a barreiras na formação profissional, que requer mudanças no currículo (Benito et al, 2005, Benito, Becker, 2007, a deficiências relacionadas ao perfil do profissional, quando não se identifica com as premissas da ESF ou não conhece a filosofia da Estratégia (Roecker, Budó, Marcon, 2012), ou deficiências no domínio de instrumentos do trabalho (Backes et al, 2012, Benito et al, 2005, Benito, Becker, 2007Roecker, Budó, Marcon, 2012;Roecker, Marcon, 2011). E inegável que os currículos dos cursos da área da saúde priorizam a formação teórico-prática centrada na concepção funcionalista do processo saúde-doença, a que "toma como sujeito o indivíduo em "situação de risco" para o desenvolvimento de alguma patologia e propõe a responsabilização do indivíduo pela manutenção ou pelo aprimoramento das condições de saúde, e mesmo pelo enfrentamento da doença" (Reis, Soares, Campos, 2010), promovem formação fragmentada (Cubas, 2011) e que é imprescindível formar trabalhadores "comprometidos com a interpretação da saúde-doença como processo social e da saúde como direito social e, portanto, com a transformação das práticas reiterativas do modelo hegemônico" (Soares et al, , p.1231.…”