Este estudo investigou os critérios de confirmação e evolução da paralisia flácida aguda (PFA) no Brasil, entre o período de 2014 e 2018. Trata-se de estudo epidemiológico, de série temporal, utilizando para análise estatística a estatística descritiva e Teste de Correlação de Pearson, considerando-se como significância p-valor<0.05. Foram notificados 2460 casos de PFA, com mediana de 492 casos notificados de 1° sintoma, média 492 (±17,65), houve correlação estatisticamente significante entre os anos em estudo (p<0.05). Quanto aos critérios de confirmação, predominou o critério laboratorial: 68,13% dos casos, seguido por critério de evolução: 14,71% dos casos. Encontrou-se casos Ignorados/brancos(média 42,8±25,11), laboratório(média 335,2±225,6), critério de confirmação clínicoepidemiológico (média 37,2±35,8), perda de seguimento(1,8±2,2), óbito(média2,6±2,2), evolução(média72,4±69,0), houve correlação estatisticamente significante para ignorado/branco e: clínico-epidemiológico (r=0.90 e p=0.040); óbito (r=0.09 e p=0.006); evolução(r=0.95 e p=0.013) e para óbito: evolução (r=0.99 e p=0.002). Quanto à evolução, 53,41% dos casos evoluíram para cura sem sequela, 22,60% para cura com sequela e 1,7% para óbito. Casos ignorado/branco(média 109,6±24,58); cura com sequela(média 111,2±23,19); cura sem sequela(média 262,8±20,6); óbitos por outra causa(média 8,4±1,52), sem correlação estatisticamente significante entre as variáveis(p>0.05). Observou-se que no Brasil existe uma vigilância epidemiológica rigorosa, no que se refere à PFA, no entanto, a escassez de estudos sobre o tema nos remete à necessidade de ampliação dos estudos sobre as PFAs em nosso país Brasil para que os conhecimentos advindos, promovam melhorias no rastreio, diagnóstico e controle contínuo destas doenças no Brasil.