Jardineiros sem flores: o cuidar-cuidado com o adolescente não cidadão na perspectiva da cidadania

Abstract

Este trabalho relata uma práxis de enfermagem com um grupo de adolescentes não cida dãos que já vivenciaram as ruas da cidade de Salvador, Bahia, como moradia e espaço de luta para a sobrevivência, e que, no momento, participam como bolsistas de um projeto de mútua cooperação entre a UFBa e o Projeto Axé. Apresenta como objetivo o cuidar-cuidado com esses adolescentes na perspectiva da cidadania buscando a operacionalização através de uma visão qualitativa e dialética. Teve como ponto de partida pressupostos da autora fundamentados em idéias de muitos outros pesquisadores, e baseou-se num processo de interação com o uso de técnica especifica para este grupo -a paquera pedagógica -estendida posteriormente como pes quisa participante. Neste caminhar, desenvolveram-se atividades a nlvel individual e de grupo com discussões e ações quanto ao processo de saúde com aderência dos componentes do concei to do cuidado. A cidadania foi discutida nos aspectos civis, políticos e sociais, desnudando o eufe mismo das leis e incorporando as subjetividades do Ser ao lado das buscas objetivas e coletivas. Interrelaciona práticas tradicionais de enfermagem e terapêuticas alternativas como as essências florais de Bach e técnicas de relaxamento na perspectiva do autoconhecimento como apoio ao equilíbrio de sentimentos e emoções para a transformação no percurso do adolescer numa socie dade excludente. A avaliação foi encaminhada enquanto processo, perpassando todo o estudo, que captou na fa la dos jovens, seus desejos de mudanças e de profissionalização, e que, no entanto, não encontrara m no convênio ' uFBa/Axé apoio suficiente de atividades educativas-trans fo rmadoras, e sim a repetição de um modelo de trabalho explorador. Pontua, finalmente, aspectos que indicam o potencial de transformação e emancipação do adolescente não cidadão através da práxis constru ída ao longo do trabalho.

“Nessa rua, nessa rua falta proteção”: uma revisão de escopo sobre crianças e adolescentes, em situação de rua no Brasil

“…Para comparar a explicação das diferenças socioeconômicas de participantes e não-participantes de uma organização conscientizadora: questionário com adolescentes, vinculados e não ao MNMR 85 Pesquisa etnográfica, com observação participante e uso de diário de campo. O campo foi composto por um grupo de pessoas em situação de rua, sendo jovens, a maioria com idade entre 16-18 anos 71 Descrição do processo de exclusão de adolescentes no Brasil 20 Relato de experiência do cuidado de adolescente numa perspectiva alternativa 18 Análise histórica da situação de crianças e adolescentes em situação de rua no Brasil, correlacionando à literatura e relatos de história oral 21 Comparação de dois inquéritos de rua e uma lista oficial do departamento de serviços sociais, utilizando o método da captura-recaptura multilista; entrevista com crianças e adolescentes em situação de rua, com registro de suas características em questionário 74 Pesquisa etnográfica 55 , usando a autofotografia de Ziller e análise da representação das percepções de crianças e adolescentes em situação de rua sobre si mesmos e do ambiente Este artigo, bem como demais do bloco abaixo (multicêntrico Nordeste-Sul), foi parte de um projeto de pesquisa de inserção ecológica, baseada na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, com coleta de dados em três tempos, com intervalo de 6 meses, registro em diário de campo, entrevistas gravadas, dados de acompanhamentos registrados na plataforma moodle e compartilhados entre os (as) pesquisadores (as). Estudo descritivo transversal e delineamento de estudo de casos múltiplos, para caracterizar qualitativamente o bemestar subjetivo (BES).…”

“…Todas as pesquisas foram desenvolvidas a partir, ou em parcerias com universidades. Exceto os relatos de experiência/pesquisa [14][15][16][17][18][19] demais publicações não apresentaram um caráter de "fazer com"/intervir/pesquisar com os sujeitos.…”