Distribuição e abundância de peixes bentônicos explotados pelos linheiros ao largo do sudeste do Brasil (1986-1995)

Abstract

Este trabalho trata da distribuição e abundância das principais espécies de peixes bentônicos explotados pelos linheiros ao largo do sudeste do Brasil (latitudes 18º-26ºS), no período 1986-1995, listadas a seguir, com as respectivas participações no total das capturas: batata = Lopholatilus vilariii Ribeiro = 33,4%, namorado = Pseudopercis numida Ribeiro = 18,4%, cherne = Epinephelus niveatus (Valenciennes) = 12,1%, garoupa = Epinephelus marginatus (Lowe) = 4,1% e badejo = Mycteroperca bonaci (Poey) = 3,1%. As pescarias ocorreram em águas tropicais (latitudes 18º- 23ºS) e subtropicais (latitudes 23º-26ºS), tendo como divisor zoogeográfico a ressurgência de Cabo Frio. Os dados foram agrupados por faixas de latitude e de profundidade, segundo espécies e estações do ano. As pescarias estiveram grandemente concentradas nas águas subtropicais, com tendência(s) de produtividade decrescente, à medida que aumenta(m) a latitude e/ou a profundidade dos pesqueiros explotados. Nas águas tropicais, as espécies dominantes foram a garoupa e o badejo, de forma indiscutível entre as latitudes 18º-20ºS, com maiores capturas em profundidades de até 80 metros. Nas águas subtropicais, as espécies dominantes sempre foram o batata, o namorado e o cherne, com maiores capturas em profundidades superiores a 100 metros, incluindo a parte superior do talude continental. A produção das cinco espécies principais apresentou tendências de variação estacional, mas apenas o cherne evidenciou deslocamento sazonal ao longo da costa. Foram comprovadas a menor diversidade e a maior biomassa de peixes bentônicos nas águas subtropicais.

Community ecology of the metazoan parasites of namorado sandperches, Pseudopercis numida Miranda-Ribeiro, 1903 and P. semifasciata Cuvier, 1829 (Perciformes: Pinguipedidae), from the coastal zone of the State of Rio de Janeiro, Brazil

“…However, Amato and Cezar (1994) described the monogenean Microcotyle pseudopercis parasitic on P. numida and P. semifasciata from Rio de Janeiro, Brazil, and González and Tanzola (2000) recorded the copepod Sarcotaces verrucosus parasitic on P. semifasciata from the Gulf of San Matías, Argentina. Some studies on distribution, feeding habits, and reproductive aspects of namorado sandperches have been conducted by Elías and Rajoy (1992), Paiva and Andrade-Tubino (1998) and Venerus et al (2005).…”

Diet and feeding strategy of the dusky grouper Mycteroperca marginata (Actinopterygii: Epinephelidae) in a man-made rocky habitat in southern Brazil

“…The dusky grouper is usually found in relatively shallow waters (up to 80 m deep), especially in coastal rocky substrates and reefs (Heemstra & Randall, 1993;Paiva & Andrade-Tubino, 1998). In southern Brazil, M. marginata is exploited by fishermen in rocky bottoms along the coastline (Haimovici et al, 1994).…”

First record of the namorado sandperch, Pseudopercis numida Miranda-Ribeiro, 1903 (Pinguipedidae; Osteichthyes), in Argentine waters

“…The genus Pseudopercis is represented solely by two species: the Argentine sandperch Pseudopercis semifasciata (Cuvier, 1829) and the namorado or Brazilian sandperch Pseudopercis numida Miranda‐Ribeiro, 1903. The occurrence of Pseudopercis numida has been reported for the southeastern coast of Brazil, from c. 19°S to 34°40′S (Menezes and Figueiredo, 1985; Paiva and Andrade‐Tubino, 1998; Carvalho‐Filho, 1999b; Haimovici et al., 2003). Although Benvegnú (1973, sensu Rosa, 1987) cited its occurrence off Uruguay between Torres and Maldonado, Rosa (1987) speculated that they could have been misidentified Pseudopercis semifasciata .…”

“…Although Benvegnú (1973, sensu Rosa, 1987) cited its occurrence off Uruguay between Torres and Maldonado, Rosa (1987) speculated that they could have been misidentified Pseudopercis semifasciata . The namorado sandperch is an important catch in the commercial long‐line and hand‐line fisheries off south‐eastern Brazil (Paiva and Andrade‐Tubino, 1998; Haimovici et al., 2003). Due to its large size (more than 1‐m long and 20 kg), it is also a premium catch for sport anglers, and recognized as a sport species by the International Game Fish Association (Carvalho‐Filho, 1999a).…”

“…Due to its large size (more than 1‐m long and 20 kg), it is also a premium catch for sport anglers, and recognized as a sport species by the International Game Fish Association (Carvalho‐Filho, 1999a). This species inhabits sandy, rubble and rocky bottoms mostly between 100 and 300 m (Paiva and Andrade‐Tubino, 1998; Haimovici et al., 2003).…”