Tabelas de esperança de vida e fertilidade de Myzus persicae sobre pimentão em laboratório e casa de vegetação

Abstract

Estudos de tabelas de vida de insetos-praga em diferentes temperaturas auxiliam na compreensão da dinâmica populacional desses organismos. Objetivou-se calcular tabelas de esperança de vida e de fertilidade de Myzus persicae criado em pimentão Capsicum annuum, em diferentes condições térmicas. O estudo foi realizado em câmaras climatizadas, nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30 ºC, UR de 70±10% e fotofase de 12 horas, e em casa de vegetação em temperaturas oscilantes, com média de 24,9 ºC e UR de 68,1%. A longevidade máxima de adultos de M. persicae foi maior a 15 ºC (45 dias) e diminuiu a 20 ºC (39 dias), 25 ºC (27 dias), 30 ºC (24 dias) e, em casa de vegetação a 24,9 ºC foi de 29,5 dias. A esperança de vida (ex) no primeiro dia de observação foi de 43,76; 35,39; 21,44; 17,67 e 17,03 dias, para as ninfas mantidas a 15, 20, 25, 30 e 24,9 ºC respectivamente, tendo a partir daí uma queda acentuada até o fim das observações. Os parâmetros de tabelas de vida e de fertilidade evidenciaram que a temperatura de 25 ºC proporcionou a melhor condição térmica para o crescimento populacional de M. persicae, com maior capacidade de aumentar em número (r m = 0,31) e menor tempo necessário para a população duplicar (TD=2,22 dias). Em casa de vegetação a oscilação térmica afetou o crescimento populacional, proporcionando menor valor de r m (0,28) e maior TD (2,47 dias), comparados àqueles mantidos à temperatura constante equivalente.

Identification and life history of aphids associated with chili pepper crops in southwestern Colombia

“…Both species delivered around three or four nymphs per day although the length of the reproductive period was significantly higher for M. persicae, than for A. gossypii. This finding clashes with the idea of a less adapted M. persicae to hot climates; namely this species showing higher fertility and longevity at temperatures below 15 • C [37]. Nevertheless, the trait values we observed seem to reflect the adaptation of the aphid to chili pepper crops.…”

“…These viruses, transmitted through the stylet when feeding, appear in a non-persistent manner (unpublished data). The higher population growth of A. gossypii, a consequence of better adaptation to tropical climates [32] than M. persicae [37], could be reflected in a larger virus spread. However, our demographic results for M. persicae suggest that this species could be adapting to warm climates.…”