Efeito do alumínio sobre o crescimento de raízes, peso seco da parte aérea e raízes de diferentes cultivares de soja

Abstract

Foram instalados dois experimentos preliminares, em solução nutritiva, para avaliar a tolerância da soja ao alumínio. No primeiro, foram testados os cultivares Cristalina e UFV-1, utilizando-se os teores 0, 5, 10 e 20mg/litro de Al. Esses níveis foram muito altos e reduziram drasticamente o comprimento das raízes primarias das plântulas após sete dias de crescimento. Com base nesses dados, outro experimento foi instalado, testando os cultivares Lee, Bragg, Cristalina e UFV-1. a 0, 1, 2 e 4mg/litro de Al. Os resultados mostraram que o comprimento das raízes primárias das plântulas foi melhor parâmetro do que o peso seco da parte aérea ou das raízes, para avaliar tolerância de soja ao alumínio. O nível de 1mg/litro na solução foi suficiente para separar os cultivares susceptíveis e tolerantes, enquanto os níveis de 2 e 4mg/litro causaram drástica redução do comprimento de raiz primária das plântulas de todos os cultivares. Nessas condições, 'Lee' e 'Cristalina' mostraram ser tolerantes enquanto o 'Bragg' se apresentou intermediário e o 'UFV-1' foi o mais susceptível entre eles. Os cultivares tolerantes revelaram tendência de acumular menores teores de Al na parte aérea, em comparação com os demais.

Tolerância de genótipos de soja ao alumínio em solução

“…No entanto, a expressão de classes de tolerância foi melhor caracterizada na avaliação do nono dia: a FT-1 como a mais tolerante, seguida da Andrews. Entretanto, alguns autores conseguiram boa separação na tolerância ao Al entre os genótipos de soja no quinto dia (Hanson & Kamprath, 1979), no sexto dia (Sapra et al, 1982) e, no sétimo dia (Mascarenhas et al, 1984a), em virtude da utilização de diferentes soluções, parâmetros de avaliação e tipo de controle dos fatores ambientais.…”

“…A vantagem é permitir a observação dos efeitos do Al sobre as raízes em fases iniciais, sem que seja interrompido o desenvolvimento das plantas (Moore et al, 1976). Considerando que o efeito primário do Al é sobre as raízes, com inibição da divisão celular, o parâmetro mais utilizado é o do desenvolvimento das raízes, com ênfase no comprimento da raiz principal (Hanson & Kamprath, 1979;Sapra et al, 1982;Mascarenhas et al, 1984aMascarenhas et al, , 1984b.…”

Morphological alterations of corn (Zea mays L.) plants in response to aluminum toxicity in the soil

“…The negative effects on crop development and yield caused by the presence of toxic levels of Al in the soil were also reported by Olmos & Camargo (1976), and Foy (1983). Sherchan et al (1983), Mascarenhas et al (1984) and Lopes et al (1987) showed that corn seedling primary root length was the best toxic plants were the most sensitive parameters to asses the presence of Al in the soil. The presence of toxic aluminum in the soil reduced the development of the corn plants in the field for the stem diameter, height, leaf area, accumulation of aerial part dry matter, total and yield.…”

“…In contrast, the C525M tolerant genotype had a greater ability to overcome the adverse soil conditions, with greater deepening of the root system and area of light capture (Tables 4 and 5). The methodology used to assess the root system of the C525M genotype became faulty after the second assessment, but for the HS701B genotype, the methodology used was shown to be adequate According to Mascarenhas et al (1984), the length of the seedling primary roots is a better parameter than the accumulation of the root dry matter to assess soybean crop tolerance to toxic aluminum. The result of the experiments showed that the accumulated root dry matter can be used to differentiate genotypes sensitive to toxic aluminum in the field up to the 10-11 leaf stage.…”

“…Studies by Lafever (1977), Camargo (1984), Mascarenhas et al (1984), Lopes et al (1987) and Llugany et al (1995) showed irregular growth in the root systems in Hordeum vulgare (L.), Oryza sativa (L.), Glycine max (L.) Merril and Zea mays (L.) when cultivated in acid soils. Sherchan et al (1983), Mascarenhas et al (1984) and Lopes et al (1987) showed that seedling primary root length was a better indicator to assess varietal tolerance to the increase in the aluminum concentration in the nutritive solution than the accumulation of dry matter of the aerial part and roots. The present experiment was carried out to identify the morphological parameters which best characterize the sensitivity of the corn crop and of corn genotypes to toxic aluminum in field soils.…”