Estudo preliminar sôbre o contrôle da antracnose da mangueira (Mangifera indica L.)

Abstract

A antracnose da mangueira, moléstia causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides Penz., é considerada de importância em todo o lugar onde a mangueira é cultivada, pelos prejuízos que acarreta.O fungo da antracnose pode viver como saprófita e frutificar abundantemente nos galhos secos das plantas, nas folhas e frutos secos caídos debaixo das árvores, após a colheita, constituindo focos de infecção. Pode hibernar por todo o período seco, até que condições climáticas favoráveis, chuvas e elevação de temperatura, ocorram, coincidindo com o aparecimento de tecidos novos, das folhas e inflorescências. Surgem, então, os primeiros sintomas da moléstia, em forma de mancha nas folhas e crestamento das inflorescências, seguido pelo secamento dos pedún-culos, impedindo a formação de frutos. Os frutos pequenos são facilmente invadidos pelo fungo, que pode permanecer em latên-cia, até que amadureçam, ocasionando-lhes a podridão interna, que os torna imprestáveis para o consumo. Quando as condições de umidade prevalecem, há o aparecimento de manchas, que podem tomar o fruto todo, com abundante esporulação do fungo. Cs frutos formados "de vez" e maduros podem apresentar manchas negras de diversos tipos, deprimidas, rachadas ou coalescentes, cobrindo grandes áreas.A moléstia acarreta prejuízos tanto na produção como na qualidade dos frutos, impedindo-lhes a comercialização. Para evitá-la, uma medida necessária é a eliminação dos focos de infecção e a proteção dos tecidos novos, com fungicidas, na ocasião em que as condições climáticas se tornam favoráveis ao ataque do fungo. Nossa literatura tem recomendado para este fim a aplicação de calda bordalesa a 1% e 1,2% ( 2 -5 ).