Adubação verde do feijoeiro "da seca" com ervilha-de-vaca

Abstract

( 2 ) e MILTON ALCOVER. NO Estado de São Paulo, raramente se tem usado como adubo verde a ervilha-de-vaca {Vigna sinensis L. Savi), mais, conhecida pelo nome inglês de cow-pea. Neme ( 3 ) desaconselha seu emprego generalizado, por ser muito suscetível ao ataque de nematóides. Além disso, sua produção de massa verde é, em regra, muito menor que a de outras leguminosas adaptadas ao ambiente paulista, como a mucuna preta (Stizolobium sp.) e a Crotalaria juncea L., quando comparadas na época em que alcançam o desenvolvimento máximo. Todavia, quando não se pode esperar que as últimas leguminosas atinjam esse ponto, a ervilha-de-vaca, que é muito mais precoce, pode competir favoravelmente com elas.Assim é que Mendes ( 4 ), em Piracicaba, semeando mucuna preta e ervilha-de-vaca da variedade Iron no princípio de outubro, verificou que a primeira começou a florescer 125 dias depois, ocasião em que produziu 2.224 kg/ha de matéria seca com 75 kg de nitrogênio, ao passo que a segunda floresceu 61 dias após a semeaçãò e produziu 2.280 kg/ha de matéria seca com 69 kg de nitrogênio. Segundo esse autor ( 4 ), no Estado de São Paulo a ervilha-de-vaca oferece ainda a vantagem de poder ser semeada no fim do verão ou no começo do outono e de fornecer apreciável quantidade de massa vegetal.Por esses motivos, conduziu-se a experiência preliminar, cujos resultados são relatados na presente nota, na qual a adubação verde com ervilha-de-vaca foi testada na ausência e na presença de adubações minerais com nitrogênio e potássio.