“…Sabe-se que alterações posturais de cabeça, especialmente anteriorização, limitam os movimentos da mandíbula e da própria cabeça, interferindo na produção vocal, uma vez que geram desvantagem biomecânica da musculatura dessa região devido às estreitas relações anatomofuncionais do sistema estomatognático com a região cervical e cintura escapular e ainda devido à rigidez associada à postura em flexão do tronco, presente na DP, pode haver encurtamento dos músculos respiratórios, especialmente do diafragma e assim, afetar a produção da voz e da fala 7,9,14,18 . Relacionado aos dados fonoaudiológicos, o parkinsoniano apresenta prejuízo peculiar da expressão verbal, observando-se monotonia de freqüência e intensidade, insuficiência prosódica, caracterizada por ausência de variação de tom e altura, disfluência, alteração da velocidade e pausas inadequadas 1,2,4,5,12,19 as quais repercutem na comunicação verbal e, por conseguinte, na qualidade de vida do indivíduo da DP. Neste estudo, apenas um sujeito apresentou velocidade lenta (S4), encontrando-se no Estágio III, o que está em consonância com estudos que referem que alterações fonoaudiológicas aumentam sua intensidade e freqüência de ocorrência com a duração e evolução da doença 4,8,9 .…”