Refração e seus componentes em anisometropiaResultados: Os anisométropes foram submetidos à refração estática objetiva e subjetiva, ceratometria e biometria ultrassônica A-scan. A análise dos dados foi feita por meio dos seguintes modelos estatísticos: análise univariada, multivariada, de regressão múltipla e fatorial. Conclusões: Não houve diferenças significativas na comparação dos valores médios individuais dos componentes oculares entre os olhos. Houve correlação negativa média entre a diferença refrativa e a diferença de comprimento axial (r= -0,64) (p<0,01) e correlação negativa fraca entre a diferença refrativa e a diferença de poder do cristalino (r= -0,34) (p<0,01). As variáveis analisadas responderam, no seu conjunto, por 78% da variação total para a diferença refrativa. Foram identificados três fatores para a diferença refrativa: fator 1 (refração, comprimento axial); fator 2 (profundidade da câmara anterior, poder da córnea) e fator 3 (poder do cristalino).
RESUMO INTRODUÇÃOEm relação ao desenvolvimento dos erros refrativos e das anisometropias, muitas pesquisas(1-5) têm procurado responder a diversas questões, como as apresentadas a seguir. Como os componentes oculares influenciam os erros refrativos? Por que alguns indivíduos apresentam anisometropia? Como os componentes oculares influenciam as anisometropias? Tais questões que traduzem preocupações relacionadas com a etiologia, detecção e desenvolvimento da anisometropia, inspiraram a realização desta investigação, conduzida em população de anisométropes de 2,00 D ou mais, com os objetivos de comparar os valores médios individuais dos componentes oculares de ambos os olhos; correlacionar as diferenças dos componentes oculares com as diferenças de refração; verificar a contribuição total e a sequência geral de influência dos componentes oculares na anisometropia e identificar o menor número de fatores que contenham o mesmo grau de informações expressas no conjunto de variáveis que influenciam na composição da anisometropia.