“…Para as mulheres que se inserem ativamente nos movimentos sociais, sua participação tem permitido propor novas práticas de caráter mais ativo e autônomo (Lindôso & Bezerra, 2021;Masson & Bastien, 2021;Quirino & Guimarães, 2017). Os movimentos sociais agroecologistas têm viabilizado para elas a possibilidade de desempenhar papéis de destaque na vida pública, o que tem favorecido a implementação de ações em prol da equidade de gênero, a defesa dos direitos das mulheres e do bem-estar em suas comunidades (Lindôso & Bezerra, 2021;Maciazeki-Gomes et al, 2016b;Maciazeki-Gomes & Herrera, 2020;Marques & Quaresma da Silva, 2018;Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra -MST, 2020;Silva et al, 2019). Porém, a inserção das mulheres rurais nos movimentos sociais e a liderança exercida por elas, acabam sendo processos difíceis, na medida em que sua participação no espaço público pode ser alvo de críticas, enquanto desafia o ideal de mulher submissa e dedicada ao cuidado do lar (Pizzinato et al, 2016b;Silva et al, 2019).…”