Este artigo tem por objetivo traçar um paralelo entre Schiller e Nietzsche através de um aspecto comum a ambos: a influência dos impulsos estéticos na humanidade, e as consequências para a cultura ocidental, a partir da ruptura desses impulsos. Analisando a retomada antropológica e histórica que nossos filósofos fizeram da Grécia antiga e das tragédias gregas, examinamos como as críticas que eles teceram à estética, à filosofia e à humanidade na Modernidade possuem algumas características que os aproximam. Por meio dos impulsos sensível e formal em Schiller e dos impulsos apolíneo e dionisíaco em Nietzsche buscamos demonstrar como o racionalismo, até certa medida, prejudicou a formação da humanidade e como a atuação desses impulsos em sua plenitude tornava possível a representação do ser enquanto uma unidade múltipla e em constante movimento.