2022
DOI: 10.1590/2316-40186606
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O conto brasileiro durante a ditadura

Abstract: Resumo O chamado boom do conto brasileiro dos anos 1970 marcou um momento de efervescência do gênero até hoje não igualado. O artigo discute as circunstâncias em que ele ocorreu, tanto econômicas quanto políticas. Forma breve, de produção e de consumo muito mais rápidos que o romance, o conto adaptava-se bem às urgências de um tempo em que escritores queriam usar sua arma, a palavra, para se somar à luta contra a ditadura e expor as desigualdades que nos formam.

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“…E se para as mulheres brancas escritoras as possibilidades de escrita e reconhecimento foram historicamente bem mais escassas do que para os homens, o cenário é bem mais violento e permeado de entraves para as mulheres negras. Segundo a crítica literária Regina Dalcastagnè (2005), em uma análise de 549 livros e 304 autores publicados no Brasil entre 1990 e 2004, 94% da autoria é de pessoas brancas. Além disso, 72,7% são homens e nem 3% das publicações das maiores editoras brasileiras são de mulheres negras.…”
Section: De(s)colonizando Mentes Femininas Em Territórios Afrodiaspór...unclassified
“…E se para as mulheres brancas escritoras as possibilidades de escrita e reconhecimento foram historicamente bem mais escassas do que para os homens, o cenário é bem mais violento e permeado de entraves para as mulheres negras. Segundo a crítica literária Regina Dalcastagnè (2005), em uma análise de 549 livros e 304 autores publicados no Brasil entre 1990 e 2004, 94% da autoria é de pessoas brancas. Além disso, 72,7% são homens e nem 3% das publicações das maiores editoras brasileiras são de mulheres negras.…”
Section: De(s)colonizando Mentes Femininas Em Territórios Afrodiaspór...unclassified
“…Jarid Arraes sabe de onde fala e por isso se posiciona contra rótulos, ressignifica a literatura de autoria feminina e nordestina, assim como questiona a estética branca e masculina do Sul e Sudeste que ocupa os espaços de poder do campo literário. Para compreendermos o incômodo da autora, talvez seja interessante recuperarmos o trabalho no qual a professora Regina Dalcastagnè (2005) apresenta os resultados de sua pesquisa referente aos personagens no romance brasileiro contemporâneo, no período de 1990 a 2004. A pesquisadora verificou o monopólio de protagonistas que são homens brancos, sem deficiências, adultos, heterossexuais, urbanos de classe média.…”
Section: Jarid O Redemoinho Em Dia Quenteunclassified
“…A pesquisadora verificou o monopólio de protagonistas que são homens brancos, sem deficiências, adultos, heterossexuais, urbanos de classe média. Indo além, em busca de um mapeamento sobre os autores, confirmou-se que possuem o mesmo (ou muito semelhante) perfil de seus protagonistas, com um adendo: cerca de 50% dos produtores culturais está concentrado geograficamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, seguidos do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que juntos somam cerca de 24% (Dalcastagnè, 2005). Ou seja, temos como panorama da literatura contemporânea uma produção cultural extremamente centralizada e assemelhada entre si.…”
Section: Jarid O Redemoinho Em Dia Quenteunclassified
“…Oliveira cita em seu texto a pesquisa conduzida por Regina Dalcastagnè (2005), cujos dados revelam que, entre 2004 e 2014, apenas 2,5% dos autores publicados no Brasil eram não brancos. No mesmo recorte temporal, apenas 6,9% dos personagens presentes nos romances eram negros, e 4,5% deles eram protagonistas da história.…”
Section: Uma Perspectiva Interseccional: Conceição Evaristo Em Focounclassified