2018
DOI: 10.1590/2316-40185321
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Eurídice Figueiredo - A literatura como arquivo da ditadura brasileira

Abstract: A ficção produzida no Brasil nos últimos anos representa um grande desafio crítico-metodológico, cuja complexidade se manifesta não apenas de uma perspectiva temática ou formal, mas principalmente no estudo das filigranas de cada obra, plurissignificativas e multifacetadas. A leitura dos principais panoramas que se propuseram a apresentar a literatura brasileira dos últimos anos revela um conjunto ficcional que é, em síntese, urbano e regional, marginal e hiper-realista, fronteiriço e histórico, que explora o … Show more

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“…Para cumprir o objetivo estabelecido, utilizamos as análises teóricas de Benjamin (1994), Figueiredo (2017), Gagnebin (2009Gagnebin ( , 2014, Ricoeur (1997, 2007) e Seligmann-Silva (2005, 2008, autores que tratam dos desdobramentos do trauma, bem como do luto negado e suas consequências alienantes à memória nacional.…”
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“…Para cumprir o objetivo estabelecido, utilizamos as análises teóricas de Benjamin (1994), Figueiredo (2017), Gagnebin (2009Gagnebin ( , 2014, Ricoeur (1997, 2007) e Seligmann-Silva (2005, 2008, autores que tratam dos desdobramentos do trauma, bem como do luto negado e suas consequências alienantes à memória nacional.…”
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“…Nessas ficções tanto audiovisuais quanto literárias, podemos observar uma tendência totalizante em determinadas obras, que é uma característica formal e estética rica para a nossa análise, justamente por ser um eixo interessante para a distinção das obras, sem aprisionar filmes e livros em caixas segmentadas por conta do ano de sua produçãoconforme Eurídice Figueiredo (2017) Paulo na luta armadaa partir também de uma paixão, se pudermos dizer assim.…”
Section: Ficção Denúncia E Censura: Uma Rede De Resistência Contra O ...unclassified
“…Essa posição de desestabilizar o leitor, de não fornecer uma realidade que seja palpável, é uma questão que atravessa o romance de Tapajós, porque o horror e os crimes que a ditadura cometeu contra diversos setores da população, e no caso de Em câmara lenta, contra jovens militantes, eram tão absurdos que o incômodo foi transmitido por essa desconexão com o real linear.Além das abordagens ditas acima, a utilização de frases longas e a ausência de parágrafos que tenham a função de delimitar o fluxo narrativo e a blocagem de texto, muitas vezes extensa, são funções formais que convidam a quem lê a ser interventor da narrativa. Assim, irão intervir em uma narrativa que, permeada de lacunas por conta da sua criação fragmentária, que trata a realidade de forma conflitante, poderão preencher os vazios a partir da sua própria experiência concreta, de modo que o leitor vai produzir um sentido a partir dos não ditos que surgem durante a leitura do romance Figueiredo (2017),. ao escrever sobre o romance de Tapajós, em sua sumarização dos romances publicados durante a vigência do regime militar, afirma que o texto tem três fios narrativos: o relato da infância e juventude do autor desde a sua cidade natal, Belém (Pará), até sua ida para São Paulo, onde começou a participar ativamente do movimento estudantil; as movimentações de um grupo guerrilheiro na Amazônia e a repressão deste pelos militares; e, por fim, o núcleo principal, que é a história dos guerrilheiros urbanos e a vida, luta e morte de uma guerrilheira.…”
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“…A crítica literária Eurídice Figueiredo (2017) diz que o período que vai de 2000 a 2016 apresentou muitas obras literárias de boa qualidade estética que refletem sobre a ditadura.…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified