2010
DOI: 10.1590/2316-40183514
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Gênero em desafio: das trobairitz provençais às repentistas nordestinas

Abstract: Resumo Este artigo trata das poéticas de tradição oral cantadas por mulheres na Idade Média e no atual Nordeste brasileiro. Busca-se, para tanto, identificar o diálogo entre os desafios de mulheres repentistas e as canções medievais dialogadas - as tensons das trobairitz provençais e os versos satíricos das poetisas do Al-Andalus. A aproximação se dá não somente no plano formal, mas também no temático, em especial no debate gendrado dessa produção feminina.

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“…Para tanto, sobre cultura popular, basear-nos-emos nos estudos e Marcos e Maria Ignez Ayala (1987) e nas contribuições do pesquisador Zumthor (2015) sobre performance. Acerca da autoria feminina das performances orais, consultamos os estudos de Lemaire (2010), Deplagne (2010), Francisca Santos (2010), Paulin (2015, entre outras. Destarte, ressaltamos a importância de dar visibilidade à cultura popular, sobretudo a produção feminina dessas manifestações culturais, considerando dois componentes que possuem uma algo em comum: existência e resistência.…”
Section: P á G I N a |unclassified
“…Para tanto, sobre cultura popular, basear-nos-emos nos estudos e Marcos e Maria Ignez Ayala (1987) e nas contribuições do pesquisador Zumthor (2015) sobre performance. Acerca da autoria feminina das performances orais, consultamos os estudos de Lemaire (2010), Deplagne (2010), Francisca Santos (2010), Paulin (2015, entre outras. Destarte, ressaltamos a importância de dar visibilidade à cultura popular, sobretudo a produção feminina dessas manifestações culturais, considerando dois componentes que possuem uma algo em comum: existência e resistência.…”
Section: P á G I N a |unclassified
“…Menos divino e mais profano, Huizinga descreve uma atividade aparentemente comum em tempos antigos que consistia basicamente de um torneio de insultos. Tais disputas parecem ser recorrentes nas mais variadas culturas, sendo que não é difícil traçar um paralelo entre os exemplos estruturados pelo autor com as disputas de trovadores medievais (Deplagne, 2010), os duelos de repentistas, comuns no nordeste brasileiro (Deplagne, 2010) ou de raps, em que dois pretensos MC disputam com injúrias qual deles consegue diminuir mais o competidor. O autor encontra indícios que a mesma disputa acontecia com grandes pompas na sociedade grega clássica e nos povos nórdicos, neste último sendo conhecida como mannjafnaôr, ou seja, "comparação dos homens".…”
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