2012
DOI: 10.1590/2238-38752012v2413
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Desenhando Cidades

Abstract: Resumo: Notas sobre a pesquisa “Desenhando a cidade”, que teve início em março de 2012. Apresento a trajetória e os valores de um grupo internacional que se autodenomina “desenhadores urbanos” (urban sketchers). Trata-se de um projeto que valoriza o desenho como uma forma de olhar, conhecer e registrar a experiência de se viver em cidades. Faço algumas aproximações entre desenho e antropologia, bem como sobre a sua relação com as cidades e com o Rio de Janeiro, em particular. Que narrativas sobre a cidade são … Show more

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“…Desenhar envolve desde logo diversidade, visível no estilo ou tipo de narrativa gráfica, que pode ser mais sequencial ou episódica, no conhecimento técnico do desenho ou destreza de quem desenha, nos materiais utilizados, suportes, utilização ou ausência de palavras (Azevedo, 2016a). Comparativamente ao desenho profissional, o sketching é comummente caracterizado por uma maior liberdade e criatividade (Gunn, 2009;Kuschnir, 2012). Desenhar, como dançar, é um processo exploratório e construtivo (Mäkelä et al, 2014), que implica um engajamento activo e subjectivo entre o observador e a coisa ou ideia observada num determinado espaço-tempo.…”
Section: Observar a Realidade Social Desenhandounclassified
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“…Desenhar envolve desde logo diversidade, visível no estilo ou tipo de narrativa gráfica, que pode ser mais sequencial ou episódica, no conhecimento técnico do desenho ou destreza de quem desenha, nos materiais utilizados, suportes, utilização ou ausência de palavras (Azevedo, 2016a). Comparativamente ao desenho profissional, o sketching é comummente caracterizado por uma maior liberdade e criatividade (Gunn, 2009;Kuschnir, 2012). Desenhar, como dançar, é um processo exploratório e construtivo (Mäkelä et al, 2014), que implica um engajamento activo e subjectivo entre o observador e a coisa ou ideia observada num determinado espaço-tempo.…”
Section: Observar a Realidade Social Desenhandounclassified
“…No caso particular do estudo das mobilidades, o recurso ao sketch parece ganhar força no argumento de que não é necessário ser um bom desenhador de quem o observa. No desenho "Caminhantes à chuva, capacete de ciclista e estacionamento concorrido" (Figura 2) foram registados elementos aparentemente avulsos em torno da observação do movimento de pessoas no espaço físico: homens, mulheres e artefactos como o chapéu-de-chuva, boné e gabardina; o espaço aberto e público da rua e o espaço fechado e privado aqui representado para obter uma representação gráfica da realidade (Kuschnir, 2012), e de que os métodos baseados em arte, nomeadamente o desenho, podem ser utilizados por quaisquer investigadores, desde que apropriados à pesquisa e seu contexto (Kara, 2015). Mais do que a técnica, qualidade gráfica ou realismo, o desenho observacional vale por si mesmo enquanto forma de conhecimento e de interpelação do real (Taussig, 2009).…”
Section: Desenhando Mobilidadesunclassified
“…Karina Kuschnir (2012), por sua vez, interessada no processo de desenhar cidades do grupo Urban Sketchers (do qual ela mesma faz parte), inclui os seus próprios desenhos nos resultados de seus trabalhos, transformando o desenho em objeto de investigação, método de pesquisa e apresentação dos resultados. Além disso, em "Ensinando antropólogos a desenhar" (2014), a mesma autora descreve a experiência de um curso ministrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro em que os alunos conjugavam a sua pesquisa ao desenho ao longo do desenvolvimento de técnicas facilitadas durante o semestre letivo.…”
Section: Diálogos Atuais Sobre Desenho E Antropologiaunclassified
“…(Rodin apud Merleau-Ponty 2004: 41). desenho e AntRopologiA Ao RedoR do séCulo xxi Na atualidade, há um número crescente de produções em que o desenho tem se destacado como método de pesquisa/forma de exposição do conhecimento, como atestam os trabalhos de Newman (1998), Colloredo-Mansfeld (1999, Ramos ( , 2009Ramos ( , 2010Ramos ( , 2015, Hendrikson (2008Hendrikson ( e 2010, Taussig (2009), Ingold (2011a, 2011b, Causey (2012), Olivar (2007Olivar ( , s/ data, 2010, Kuschnir (2012Kuschnir ( e 2014, Azevedo (2013Azevedo ( , 2014 e no prelo), Geismar (2014), Borseman (2014), Ballard (2013), Azevedo e Schroer (no prelo) e Azevedo e Ramos (2016). Além disso, outros trabalhos dão corpo à literatura sobre o tema de forma mais ou menos indireta, tais como Afonso e Ramos (2004), Lagrou (2007), Wright (2008), Gunn (2009) e Grimshaw e Ravetz (2015).…”
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