2013
DOI: 10.1590/2237-101x014027001
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Para Ciro Flamarion Cardoso (1942-2013): uma homenagem de pesquisadores da América lusa escravista

Abstract: NOTA EDITORIAL Ciro Flamarion Cardoso, falecido no último dia 29 de junho, foi membro do Conselho Editorial da Topoi. Revista de História desde sua fundação. Nos últimos tempos, Cardoso se dedicava cada vez mais à história antiga, porém é sempre bom lembrar seu papel na virada da historiografia brasileira com a sua maior profissionalização, segundo os critérios dos Annales: elaboração da história-problema através da combinação de teorias, métodos e fontes primárias. Esta ação ocorreu especialmente nos seus est… Show more

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“…A princípio, a apropriação privada no Vale do Paraíba se deu naquelas terras conhecidas como devolutas, onde a expansão cafeeira avançou nas primeiras décadas do século XIX depois da fronteira ter sido aberta pela colonização dos sertões (Machado, 2012;Lemos, 2016;Alvarenga, 2019;2021;2022), embora no caso do Oeste Paulista termos o fato da lavoura cafeeira avançando sobre uma antiga fronteira do açúcar. Entretanto, com a contínua disseminação da cultura do café na região da Mata Atlântica e com a concentração de terrenos nas mãos de particulares este processo ganhou novos traços: a luta entre vizinhos e litigantes se tornou mais frequente, prefaciando um dos problemas que viriam na segunda metade do Oitocentos, isto é, a diminuição das matas virgens -os primeiros sinais de "fechamento da fronteira" (Fragoso, 1983;2013;Secreto, 2000). Estes litígios se acumularam a partir da década de 1850, momento em que foi promulgada a Lei de Terras, que buscaria disciplinar, justamente, aquele acelerado movimento (violento) de apropriação fundiária e controlar o apossamento que rapidamente transferia terras públicas para as mãos privadas (Silva, 1996).…”
Section: Introductionunclassified
“…A princípio, a apropriação privada no Vale do Paraíba se deu naquelas terras conhecidas como devolutas, onde a expansão cafeeira avançou nas primeiras décadas do século XIX depois da fronteira ter sido aberta pela colonização dos sertões (Machado, 2012;Lemos, 2016;Alvarenga, 2019;2021;2022), embora no caso do Oeste Paulista termos o fato da lavoura cafeeira avançando sobre uma antiga fronteira do açúcar. Entretanto, com a contínua disseminação da cultura do café na região da Mata Atlântica e com a concentração de terrenos nas mãos de particulares este processo ganhou novos traços: a luta entre vizinhos e litigantes se tornou mais frequente, prefaciando um dos problemas que viriam na segunda metade do Oitocentos, isto é, a diminuição das matas virgens -os primeiros sinais de "fechamento da fronteira" (Fragoso, 1983;2013;Secreto, 2000). Estes litígios se acumularam a partir da década de 1850, momento em que foi promulgada a Lei de Terras, que buscaria disciplinar, justamente, aquele acelerado movimento (violento) de apropriação fundiária e controlar o apossamento que rapidamente transferia terras públicas para as mãos privadas (Silva, 1996).…”
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