AgradecimentosAgradecer é lembrar. É manter viva a presença do outro e reconhecer que o outro nos constitui. Tenho aprendido que agradecer é uma das formas mais bonitas de viver e de fazer viver.Revisitando os anos em que transcorreu este mestrado, não posso deixar de mencionar algumas das circunstâncias que atravessaram o presente estudo. Em 2020, deu-se início da pandemia de Covid-19. Desde então, temos visto a morte diariamente, quantificada em números que abstraem rostos, histórias e singularidades. Falando a nível nacional, enfrentamos descasos e negligências para com nossa população, com nossos mortos e com nossos vivos. Viver tornouse mais difícil do que já é.Em 2020, ingressei no mestrado. De lá para cá, manter o gosto de aprender, aquilo que faz com que uma pesquisa viceje e cresça, foi-me tarefa árdua. Não só para mim, mas para os estudantes, sobretudo os de pós-graduação, que foram vistos como gastos desnecessários de dinheiro público. O que devia ser valorizado como investimento foi tratado com desprezo por um governo que desgovernou o Brasil nos últimos quatro anos.Mesmo assim, a pesquisa e o ensino no país sobrevivem devido a seus excelentes pesquisadores e professores. Vejo isto todos os dias e desde que me conheço por gente: do ensino básico até a pós-graduação, estudei em escolas e universidades públicas, onde conheci profissionais e colegas comprometidas com um ensino gratuito e de qualidade. Esforço-me para ser uma delas. E é graças a elas que, hoje, mantenho a esperança de sentir o coração pulsando com a alegria de descobrir o que não se sabe. Gostaria de agradecer, agora, a alguns nomes. Em primeiro, às professoras e professores que são exemplos para mim: À Profa. Dra. Adma Muhana, pelo privilégio de uma orientação tão acolhedora e generosa. Obrigada, professora, pelas inúmeras inspirações. Mais do que isso, obrigada por incentivar-me a tornar-me quem sou. Às Profas. Dras. Iris Kantor e Maria do Socorro Fernandes de Carvalho, pelas contribuições valiosas, inspiradoras e sensíveis durante os exames de qualificação e de defesa. Ao Prof. Dr. Evergton Sales Souza, pela arguição cuidadosa e repleta de ensinamentos. Ao Prof. Dr. Marcus De Martini, que me orientou durante a graduação e a quem devo muito do que aprendi sobre as letras seiscentistas. Ao Prof. Dr. Lucas Zamberlan, que me apresentou o universo encantador da literatura e me incentivou a seguir nele. Obrigada, meu amigo Lucas, pelo carinho com que você sempre me tratou. Agradeço a pessoas que especialmente me ajudaram neste percurso: Às minhas amigas maravilhosas, Marina Buriol Zampirolo e Jaqueline Bertoldo, por transmitirem força e coragem. Com vocês sinto que o amor tem raízes. Agradeço também ao querido Antony Ventura, pela viola que colore os ares como canto de passarinho. Às amigas que fiz na USP. À Caroline Henrique Duda, pela amizade à primeira vista: ser sua amiga é encontrar pertencimento. À Fabiana Nicoli Dias, com quem aprendo a ocupar espaços. À Heidi Strecker Gomes e à Érica Costa, por me apresentarem uma pós-graduação mais ...