Resumo: Tomando dados que apontam as relações de grupos subalternos (quase sempre associados ao caos social e ao crime), indígenas e escravos com membros das elites locais na região oriental do Rio da Prata, o artigo salienta a importância destas relações para desenvolvimento e manutenção de negócios atlânticos que envolviam o comércio de couros, tabaco, aguardente e escravos. O texto analisa também as estratégias sociais de criação destas redes e sua extensão geográfica, alinhavando pontos entre Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lisboa e Madrid, sem descuidar dos vizinhos da Lagoa Mirim.Palavras-chave: contrabando, comércio atlântico, redes sociais.Abstract: Taking into account data showing the relationship of subaltern groups (frequently associated with social chaos and criminal life), indigenous and slaves with members of local elites in the eastern part of the River Plate, this article emphasizes the importance of these relationships for developing and maintaining Atlantic business which meant trade of hides, tobacco, rum and slaves. Th e text examines the social strategies of the creation of these networks and their geographic extensions, between Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lisbon and Madrid, without neglecting the Mirim Lagoon neighbors.