2011
DOI: 10.1590/2237-101x012023005
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Escravidão, reprodução endógena e crioulização: o caso do Espírito Santo no Oitocentos

Abstract: 84 RESUMOO presente artigo avalia a importância da família escrava na sociedade brasileira do Oitocentos, especialmente da reprodução endógena propiciada por tal tipo de enlace, tomando como referência a Província do Espírito Santo no período. Consideraram-se dois recortes temporais, 1790-1821 e 1850-1872, para a análise das fontes e comparação dos dados relativos às famílias escravas. Buscou-se realizar a identificação da composição sexual e etária das escravarias capixabas, enfocando a região abrangida pela … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2017
2017
2023
2023

Publication Types

Select...
5
1

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 7 publications
(2 citation statements)
references
References 0 publications
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…O vovô Leonardo, filho de Raquel, nasceu na década de 1880, período no qual a escravidão era reduzida em muitos lugares do Brasil, mas se encontrava estável em Cachoeiro de Itapemirim, que passara a concentrar metade da população escrava do Espírito Santo naquele decênio. Embora tenha nascido antes da abolição, Leonardo já não nasceu escravo, mas ingênuo, já que a Lei Federal nº 2.040, de 28 de setembro de 1871, declarou livre o ventre das mulheres escravas, impedindo a continuidade da escravidão por meio da reprodução natural, que, no caso do Espírito Santo, era fundamental para a manutenção da escravidão (CAMPOS; MERLO, 2011;RIBEIRO, 2012). Cerca de cinco anos após o nascimento de Leonardo, ocorreu a abolição definitiva da escravidão no Brasil, liberando-o da prestação de serviços até os 21 anos ao senhor de sua mãe, conforme previsto pela legislação anterior.…”
Section: Dona Neumaunclassified
“…O vovô Leonardo, filho de Raquel, nasceu na década de 1880, período no qual a escravidão era reduzida em muitos lugares do Brasil, mas se encontrava estável em Cachoeiro de Itapemirim, que passara a concentrar metade da população escrava do Espírito Santo naquele decênio. Embora tenha nascido antes da abolição, Leonardo já não nasceu escravo, mas ingênuo, já que a Lei Federal nº 2.040, de 28 de setembro de 1871, declarou livre o ventre das mulheres escravas, impedindo a continuidade da escravidão por meio da reprodução natural, que, no caso do Espírito Santo, era fundamental para a manutenção da escravidão (CAMPOS; MERLO, 2011;RIBEIRO, 2012). Cerca de cinco anos após o nascimento de Leonardo, ocorreu a abolição definitiva da escravidão no Brasil, liberando-o da prestação de serviços até os 21 anos ao senhor de sua mãe, conforme previsto pela legislação anterior.…”
Section: Dona Neumaunclassified
“…Posteriormente, chegaram os africanos escravizados e, por fim, os imigrantes, que vieram sobretudo do continente europeu: a partir de 1847, os germânicos; e, no último quartel do século XIX, os italianos (MOREIRA; PERRONE, 2007;CONDE, 2009;CAMPOS, 2011). Além deles, muitos brasileiros de outras regiões se fixaram no estado: fluminenses, cearenses, baianos, sergipanos e mineiros.…”
Section: Introductionunclassified