para o universo pesquisado. A primeira hipótese a ser verificada é a de que os deputados têm perfil mais nitidamente partidário nos estados onde o sistema partidário se encontra mais institucionalizado. tal hipótese parte da noção de que no Brasil deve-se levar a sério a existência de uma dimensão de caráter horizontal (Mair e Bardi, 2009), referida à organização federativa, ao se analisar o sistema partidário. os 27 subsistemas partidários brasileiros além de não serem "cópias" do sistema federal, apresentam grande variação, tanto no que se refere a quais são os partidos relevantes, como no que tange ao padrão de interação estabelecido (quando existe) entre eles.A segunda linha de explicação remete às características dos deputados eleitos. A partir dos dados disponíveis no questionário foram testadas as hipóteses de que os deputados apresentam perfil mais partidário quando: a) mais tempo estiverem filiados a seus partidos; b) forem eleitos por parIntrodução este texto explora a relação entre deputados e partidos tendo como referencial empírico os representantes eleitos em 2006 para as Assembleias Legislativas em doze estados brasileiros: rio grande do sul, santa Catarina, são Paulo, rio de Janeiro, Minas gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Pará, tocantins, goiás e Mato grosso. A base de dados pertence ao projeto "trajetórias, perfis e padrões de interação de legisladores estaduais em doze unidades da Federação", conduzido por pesquisadores do Centro de estudos Legislativos do DCP/UFMg. 1 o ponto de partida para a análise é a opinião dos legisladores entrevistados. o objetivo do texto é explicar a variação encontrada quando se analisa o perfil partidário dos deputados. evidentemente, as afirmações que aqui serão feitas são válidas apenas