O papel da Escola Superior de Guerra na sustentação do regime autoritário brasileiro

Abstract

Resumo O trabalho identifica o papel desempenhado pela Escola Superior de Guerra na articulação das elites burocráticas e econômicas do Brasil no processo de sustentação teórica do regime autoritário instaurado em 1964. O estudo realizou uma revisão bibliográfica e adotou uma estratégia empírica de pesquisa, cujas fontes primárias obtidas nos arquivos da Escola Superior de Guerra indicaram que a ESG ocupou um lugar privilegiado para a sustentação do regime.

A erosão constitucional na Constituição de 1988: o Supremo Tribunal Federal, os ventos autoritários e a jurisdição constitucional.

“…É, então, uma das instituições que deveriam assegurar o governo e a manutenção do regime autoritário, com a utilização focal e contingente da Lei de Segurança Nacional. 112 Portanto, a referida lei, utilizada como fundamento da decisão, é um entulho autoritário cuja vigência e validade é incompatível com o regime democrático.…”

Guerra psicológica e a imprensa feminista: um estudo do Jornal Brasil Mulher em Londrina durante a Ditadura Militar (1964-1985)

“…A ESG desempenhou um papel crucial na relação entre setores militares e grupos das classes dominantes. Os documentos de criação da Escola compunham uma engenharia discursiva que permeou todo o regime, com o intuito de manter as decisões sobre o arranjo das instituições nas mãos dos que integravam o escalão acima da 'elite brasileira' (Schinke, 2019(Schinke, , p. 1960.…”