Este artigo discute a relação entre trabalho, imigrantes e política presente no livro “Greve na Fábrica”, de Robert Linhart, publicado em 1978, articulado às experiências vividas no maio de 68, como estudante, dirigente político e operário “integrado”. Trata-se de uma relação historicamente datada, cujo fato principal aqui destacado é a experiência de entrosamento entre operários de diversas nacionalidades na linha de montagem da Citroën em 1969. Num plano paralelo está a narrativa de Linhart sobre seus vínculos com a classe operária encontrados no cotidiano do trabalho. Espera-se abordar tais pontos orbitando em torno de distintas identidades culturais face a experiência do trabalho industrial.