Revisão taxonômica das espécies de Anthurium (Araceae) seção Urospadix subseção Flavescentiviridia

Abstract

RESUMO Apresenta-se o estudo taxonômico de 35 espécies de Anthurium seção Urospadix subseção Flavescentiviridia, com base em análises dos caracteres morfológicos vegetativos e reprodutivos, a partir de material coletado em campo e de exsicatas de diversos herbários nacionais e internacionais. A subseção caracteriza-se pela lâmina foliar de consistência membranácea a cartácea, esverdeada discolor, com nervuras secundárias geralmente impressas adaxialmente e proeminentes abaxialmente em diversos graus, são geralmente ombrófilas e esciófilas. Registros inéditos de morfologia vegetativa e reprodutiva estão sendo apresentados, especialmente em relação às bagas (A. acutum, A. urvilleanum, A. hoehnei, A. ianthinopodum, A. loefgrenii, A. longicuspidatum, A. luschnathianum, A. marense e A. mourae). Apresenta-se uma chave para identificação das espécies, descrições detalhadas, comentários sobre a distribuição geográfica, ecologia, fenologia, conservação e ilustrações para cada uma delas.

Floristic composition and community structure of epiphytic angiosperms in a terra firme forest in central Amazonia

“…On the other hand, in the Atlantic Forest region in southern and southeastern Brazil, Araceae occupies the sixth position among the most diverse families and on average represents only 4% of the richness in the 62 surveys of epiphytic flora analyzed by Kersten (2010). This family demonstrates incredibly high phenotypic plasticity and ability to grow under adverse conditions (Leimbeck & Balslev 2001;Soares & Jardim-Lima 2005;Coelho et al 2009). Therefore, a variety of morphological and physiological adaptations used as survival strategies, as well as the ability to colonize different strata in the forest and propagate vegetatively may be some of the factors responsible for the high diversity of species recorded for this family in the present study.…”

Leaf midrib outline as a diagnostic character for taxonomy in Anthurium section Urospadix subsection Flavescentiviridia (Araceae)

“…Individuals from Anthurium section Urospadix, subsection Flavescentiviridia were collected in different locations in Brazil and cultivated under identical glasshouse conditions in the Rio de Janeiro Botanical Garden (RJBG), Brazil. Subsection Flavescentiviridia has 35 species, 22 of them cultivated in the RJBG ( Sakuragui & Mayo (1999) and Coelho (2004Coelho ( , 2006. All the studied species were analyzed using one sample obtained from fresh leaf collected in the fi eld.…”

“…Anthurium, described by Schott in 1829, is the largest genus in the family, with approximately 1,000 species (Coelho 2006). In 1878, Engler divided the genus into 18 sections, and in 1898 the same author defi ned six subsections for section Urospadix, one of which is Flavescentiviridia, that actually presents 34 of its 35 species occurring in southeastern Brazil (Coelho 2004). Engler (1905) and Schott (1860) described and distinguished aroid species using the external morphology of the midrib at the central region of the leaf lamina but not indicating the leaf region (basal, median or distal part) assessed.…”

Caracterização cromossômica de Anthurium gaudichaudianum (Araceae), uma espécie nativa do Brasil

“…A espata se apresenta ereta a sub-perpendicular em relação à espádice, esverdeada a avermelhado-vinácea, com margens formando ângulo agudo com o pedúnculo. A espádice é vinácea a amarronzada, cilíndrica, estipitada e os frutos são bagas amareladas (Coelho et al 2004). Essa espécie pertence à seção Urospadix e à subseção Obscureviridia (Keating 2002).…”

“…A seção é considerada taxonomicamente complexa, com muitas espécies pouco conhecidas e novas para a ciência, adicionando ainda o insuficiente conhecimento das localidades de ocorrência e as escassas coletas nessas áreas. A dificuldade em conseguir posicionar taxonomicamente algumas espécies do gênero Anthurium, como o "complexo harrisii", deve-se principalmente à plasticidade das mesmas que possuem diferenças morfológicas vegetativas e reprodutivas sutis, dando margem a uma taxonomia confusa dentro do grupo (Coelho et al 2004). Devido à escassez de dados morfológicos para a delimitação taxonômica, fazem-se necessários estudos mais detalhados e confiáveis.…”