2015
DOI: 10.1590/2175-3539/2015/0191815
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Progressão Continuada e Patologização da Educação: um debate necessário

Abstract: ResumoO presente artigo analisa criticamente as repercussões da progressão continuada na escola, destacando os argumentos patologizantes que sustentam explicações individualizantes sobre o fracasso escolar no bojo dessa política. Para tanto, inicia apresentando um breve histórico da ideia de abolir a reprovação nas escolas públicas brasileiras. Em seguida, desvela aspectos do discurso oficial sobre a progressão continuada, tomando como caso a experiência paulista. Posto isto, apresenta pesquisa etnográfica rea… Show more

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“…estes sujeitos e sua família a culpa e responsabilização por tais dificuldades. Esta visão se baseia na tese, que se repete frequentemente, de que alunos que não se ajustam às regras escolares possuem distúrbios de comportamento, e por isso devem ser medicados (Viégas, 2015).…”
Section: Resultsunclassified
“…estes sujeitos e sua família a culpa e responsabilização por tais dificuldades. Esta visão se baseia na tese, que se repete frequentemente, de que alunos que não se ajustam às regras escolares possuem distúrbios de comportamento, e por isso devem ser medicados (Viégas, 2015).…”
Section: Resultsunclassified
“…Entretanto, os relatos dos estudos evidenciam que, na prática, ainda há muitas intervenções que geram sofrimento e individualização da queixa escolar, revelando que existe um descompasso entre o que se produz de literatura e o que é praticado, reiterando tradicionais tendências de patologização dos impasses escolares. Nos artigos encontrados, destacam-se os seguintes temas: crítica à medicalização da educação, processos que transformam o ensino como um problema médico (Cruz, Okamoto, & Ferrazza, 2016;Meira, 2012;Christofari, Freitas, & Baptista, 2015;Sanches & Amarante, 2014); o mau comportamento tratado como doença (Sanches & Amarante, 2014); estudos comparativos na visão de pais, professores e profissionais da saúde (Cunha, Dazzani, Santos, & Zucoloto, 2016;Leonardo & Suzuki, 2016;Cruz et al, 2016); outras formas de exclusão, a exemplo da progressão continuada, destacando os argumentos patologizantes que sustentam explicações individualizantes sobre o fracasso escolar (Viégas, 2015); e a medicalização como um dispositivo de controle e disciplina (Meira, 2012;Heckert & Rocha, 2012).…”
Section: Medicalização Do Fracasso Escolarunclassified
“…Os estudos que investigam os impactos da medicalização da educação e da sociedade na vida dos sujeitos têm sido alvo de preocupação de muitos pesquisadores e coletivos, destacamos : Caliman, 2010;Moysés e Collares, 2010e 2020Souza, 2020;Viégas, 2015. Todos estes autores têm gerado debates, ações frente ao poder público e articulações com o conhecimento produzido por muitos campos de conhecimento e profissões.…”
Section: Introductionunclassified