Análise sobre a estrutura urbana nos planos urbanísticos recentes de São Paulo (1968 - 2016)

Abstract

Resumo O artigo tem como objetivo apresentar uma análise transversal das propostas de estrutura urbana estabelecidas nos planos formulados para o município de São Paulo entre 1968, com o Plano Urbanístico Básico (PUB), e 2016, com a instituição da Lei de Uso e Ocupação do Solo mais recente. O PUB foi considerado como ponto de partida por conter, na sua concepção, aspectos relevantes do pensamento sobre planejamento urbano paulistano e a definição clara de uma estrutura urbana futura. A pesquisa buscou fazer esta análise comparativa considerando os conteúdos gráficos utilizados nos planos selecionados. A semiologia gráfica foi o método utilizado para construir esquemas conceituais que padronizassem as propostas, buscando trazer maior precisão quanto ao posicionamento conceitual estabelecido, demonstrando, por um lado, como os modelos teóricos, nos momentos em que os planos foram elaborados, dialogaram com as problemáticas socioeconômicas e, de outro, como foram recorrentes ao longo do tempo.

Planejamento urbano e política habitacional: analisando a relação entre regularização fundiária, especulação imobiliária e problemas socioambientais nas cidades brasileiras

“…De modo mais específico e atual, a cartografia social leva em conta as necessidades da cidade contemporânea (Restaino, 2021). Sob a análise transversal da estrutura urbana, a coremática, derivada de conhecimentos da Semiologia gráfica, possibilitou padronizar os mapas em relação à sociedade (Bernardini & Sato, 2021). Research, Society and Development, v. 11, n. 16, e542111638080, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i16.38080 8 Nesse contexto, as análises da dinâmica de alterações no território para o planejamento urbano contam com o método de sensoriamento remoto (Silva et al, 2021), utilizado em cidades de grande e médio porte, a exemplo de Montes Claros/MG.…”

“…Em síntese, essa ferramenta traduz a estreita relação entre a organização espacial e a sociedade que a produz. O método tem por escopo identificar graficamente os agentes produtores do espaço, vinculando-os a elementos essenciais da estrutura urbana: a malha, a rede, a divisão do trabalho (Bernardini & Sato, 2021).…”