Palmas, the last capital city planned in twentieth-century Brazil

Abstract

Palmas is the capital of a new state created in order to foster regional development in central Brazil. This new town was planned from scratch in 1989, during the country’s re-democratization process, between the postmodernist criticism of functionalist planning and rising environmental concerns. However, its layout depicts a mixed relationship with Brasília-style urbanism. Covering a timeframe of thirty years (1989-2019), this paper presents an outline of the history and planning of Palmas, followed by an assessment of its plan and an exploration of its contemporary major urban challenges. It contrasts the planners’ original ideas with the built city, and unveils late modernist features that have been rejected and transformed. Essentially, Palmas is a modernist new capital city planned in postmodernist times.

New capital cities in the Global South: Postmodernist context, modernist layout in Africa and Brazil

“…The Argentinian President's plan for transferring the federal capital from Buenos Aires to Viedma was designed to help transform the country, reduce hyper centralization and stimulate development in the Argentine peripherya growth pole in Patagonia (Gilbert, 1989;Bermúdez, 2016;Bauso, 2019). The creation of Palmas (1989), a new provincial capital city in post-dictatorship Brazil, conveyed similar intentions (Rego, 2020;Trindade, 2009;Velasques, 2010;Segawa, 1991). The planning of Abuja (Ebo, 2006) drew heavily on overseas models and experiences, though the adoption of modernist principles had been criticized as an ongoing practice of colonial domination; the cases of Gaborone, Dodoma, Abuja, and Palmas were not different.…”

“…In post-independence African countries, new capital cities were built to break with "the colonial past, encourage nation-building and foster the development of their territories" (Rego, 2020, p.2;Cain, 2014;Elleh, 2017;Vale, 2008;Abubakar, 2014;Hayuma, 1980;Sielbolds, Steinberg, 1980). Likewise, in South America, in 1987, Argentina planned a (never built) new federal capital, Viedma (Bauso, 2019;Bermúdez, 2016), while Brazil built a new provincial capital, Palmas, two years later (Gilbert, 1989;Trindade, 2009;Rego, 2020). Urban planning has functioned as a primary tool for reconstructing society.…”

A conformação das cidades novas planejadas no Brasil do século vinte

“…A criação de novas cidades capitais, certamente pela singularidade no caráter e na grandeza do empreendimento, acumula bibliografia mais extensa (VIDAL, 2009;TAVARES, 2014;BRAGA, 2010;BRAGA, 2011;MANSO, 2001;XAVIER e KATINSKY, 2012;REIS, 2015;REGO, 2020;TREVISAN, FICHER e MATTOS, 2017). Menos exploradas, as cidades interioranas de menor porteem maior número e menos conhecidasforam responsáveis pela transformação que fez do Brasil um país majoritariamente urbano, em meados dos anos 1960 (TREVISAN, 2009;REGO, 2019).…”

“…A inauguração da nova capital de Goiás em 1942 ilustrou esta política do governo federal, autoritário e centralizador, que exaltava a ocupação territorial do passado para fomentar o desenvolvimento do interior do país. O traçado de Goiânia, cuja versão final fazia ressoar o projeto da cidade jardim da era do automóvel, foi apresentado como o resultado da expansão do capitalismo na nova era da economia nacional (REGO, 2020). A colonização privada do norte do Paraná e a decorrente criação de novas cidades naquela região também estão inseridas neste contexto e não foram indiferentes a ele.…”

“…A consequente industrialização do país acarretou a explosão demográfica nas principais cidades brasileiras, assim como ocorrera no governo Vargas nos anos 1940 (DEL RIO, 2009, p. 8). A Brasíliae também a Angélica, ainda que em escala menorcorrespondia criar uma nova ordem social por meio de uma forma urbana inovadora, própria destes novos tempos, que desfamiliarizou e reconceituou a vida na cidade (GORELIK, 2005, p. 49;HOLSTON, 1989;REGO, 2017b;REGO, 2020). Aí passamos a perceber uma forma urbana radicalmente nova, menos vinculada à tradição e aspirante à ambiência universal da cidade funcional.…”