Abstract:Resumo Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar a estratégia de viver a vida de refugiados sírios, tomando o empreendimento étnico à luz da noção de trabalho imaterial. Realizou-se um estudo qualitativo e exploratório na cidade de Porto Alegre (Brasil), a partir de um corpus de pesquisa que teve como foco temático a etnicidade nos empreendimentos do ramo alimentício de refugiados sírios. Os dados foram acessados por meio de notícias de jornal, visitas aos empreendimentos, consumo de produtos, entrev… Show more
“…Fraga e Rocha-de-Oliveira (2020) compreendem as mobilidades profissionais de mulheres como labirintos, nos quais saídas recompensadoras são escassas. Assim, marcadores sociais interseccionados, como classe, gênero, etnia e regionalidades são potentes no que tange a constituição de barreiras para migrantes Hirata, 2014Hirata, , 2018Scherer & Prestes, 2019;Scherer et al, 2022;Souza, 2010Souza, , 2018. Para Souza (2010) a classe social é constituída por fatores além dos rendimentos.…”
Section: Marcadores Sociais De Diferença Em Contextos Migratóriosunclassified
“…Quando as redes relativas mais próximas se mostram ineficazes, mobilizam outras redes menos próximas, tal como o estudo de Scherer et al (2022) Importante mencionar que observamos também que a inversão do apoio é geralmente possível, quando, por exemplo, aquele que solucionou um problema anterior relativo à migração pode ser o próximo a reativar a rede e solicitar apoio. Os agentes de mobilização ocupam esse status devido a qualidades imateriais, ou seja, a sentimentos de amizade, empatia, confiança, sentimentos esses tão importantes de serem engendrados tanto na partida quanto na chegada e que se revelaram em outros estudos também (Scherer et al, 2022). Enfim, configura-se, desse modo, o que Dias (2007) refere sobre o uso potencial das redes e sua heterogeneidade: elas podem engendrar capitais sociais importantes para manutenção no país de destino.…”
A presente pesquisa objetivou compreender como se apresenta a quarta onda de imigrantes do Brasil para Portugal e suas relações de trabalho. O quadro teórico adotado baseou-se em: a) panorama sobre migração internacional; b) mercado de trabalho para imigrantes e flexibilização laboral; c) marcadores sociais de diferença em contextos migratórios. A pesquisa, de cunho qualitativo, realizou entrevistas semiestruturadas com 37 brasileiros e brasileiras e observação-participante em associações de acolhimento. A análise dos dados contou com a análise de conteúdo. Emergiram quatro grupos de imigrantes, tendo como base tipo de registro de entrada no país, formação e trabalho, os quais foram analisados com base em três categorias: redes, classe e gênero. Os principais resultados apontam características que aprofundam as análises sobre a quarta onda e para a relevância de abordagens interseccionais no campo das migrações.
“…Fraga e Rocha-de-Oliveira (2020) compreendem as mobilidades profissionais de mulheres como labirintos, nos quais saídas recompensadoras são escassas. Assim, marcadores sociais interseccionados, como classe, gênero, etnia e regionalidades são potentes no que tange a constituição de barreiras para migrantes Hirata, 2014Hirata, , 2018Scherer & Prestes, 2019;Scherer et al, 2022;Souza, 2010Souza, , 2018. Para Souza (2010) a classe social é constituída por fatores além dos rendimentos.…”
Section: Marcadores Sociais De Diferença Em Contextos Migratóriosunclassified
“…Quando as redes relativas mais próximas se mostram ineficazes, mobilizam outras redes menos próximas, tal como o estudo de Scherer et al (2022) Importante mencionar que observamos também que a inversão do apoio é geralmente possível, quando, por exemplo, aquele que solucionou um problema anterior relativo à migração pode ser o próximo a reativar a rede e solicitar apoio. Os agentes de mobilização ocupam esse status devido a qualidades imateriais, ou seja, a sentimentos de amizade, empatia, confiança, sentimentos esses tão importantes de serem engendrados tanto na partida quanto na chegada e que se revelaram em outros estudos também (Scherer et al, 2022). Enfim, configura-se, desse modo, o que Dias (2007) refere sobre o uso potencial das redes e sua heterogeneidade: elas podem engendrar capitais sociais importantes para manutenção no país de destino.…”
A presente pesquisa objetivou compreender como se apresenta a quarta onda de imigrantes do Brasil para Portugal e suas relações de trabalho. O quadro teórico adotado baseou-se em: a) panorama sobre migração internacional; b) mercado de trabalho para imigrantes e flexibilização laboral; c) marcadores sociais de diferença em contextos migratórios. A pesquisa, de cunho qualitativo, realizou entrevistas semiestruturadas com 37 brasileiros e brasileiras e observação-participante em associações de acolhimento. A análise dos dados contou com a análise de conteúdo. Emergiram quatro grupos de imigrantes, tendo como base tipo de registro de entrada no país, formação e trabalho, os quais foram analisados com base em três categorias: redes, classe e gênero. Os principais resultados apontam características que aprofundam as análises sobre a quarta onda e para a relevância de abordagens interseccionais no campo das migrações.
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