2020
DOI: 10.1590/1984-6487.sess.2020.36.12.a
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Amor de mãe: mobilizando sentimentos e afetos na sustentação de uma denúncia e na reconstrução do cotidiano

Abstract: Resumo Entre mães e familiares de vítimas do Estado, a possiblidade de vivenciar e de elaborar o luto está intensamente vinculada ao reconhecimento público da denúncia. No entanto, mobilizações e demandas são respondidas com represálias; as mortes e desaparecimentos não são plenamente percebidos como problemas sociais e reconhecidos enquanto homicídios. Por meio de um estudo de caso, que se arrasta por quinze anos sem solução jurídica, intenciono interpretar a expressão dos sentimentos maternos como recurso po… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
0
0
2

Year Published

2020
2020
2022
2022

Publication Types

Select...
3

Relationship

0
3

Authors

Journals

citations
Cited by 3 publications
(2 citation statements)
references
References 2 publications
(2 reference statements)
0
0
0
2
Order By: Relevance
“…Então, é 7 Ainda que não seja possível explorar longamente no presente texto, em minha monografia desenvolvo a reflexão sobre como essa ocupação dos espaços por parte das Mães revela a instrumentalização de uma "autoridade moral materna", em que a presença dessas mulheres em eventos LGBT atua como uma proteção, na medida em que, como apontado por Márcia e Rita, "ser mãe" traz um peso e uma espécie de validação moral das vidas e reivindicações de seus/suas filhos/as. Essa mobilização da maternidade enquanto suporte moral para as reivindicações de mães que se constroem enquanto sujeitas políticas à medida que passam a integrar e construir movimentos sociais também aparece em outros casos de ativismo materno, especialmente em contextos de mobilizações de mães de vítimas de violência, como nas pesquisas de Adriana Vianna e Juliana Farias (2011), Jurema Brites e Claudia Fonseca (2013) e Paula Marcela França (2020). Tais pesquisas revelam a recorrência de um cenário no qual essas mulheres adentram a esfera pública para reivindicarem os direitos de seus/suas filhos/as, ou mesmo justiça e midiatização em casos de violência e extermínio, sendo comum o endereçamento às militantes pelo nome "as mães", mesmo quando referindo-se a outras/os integrantes, e uma centralidade da maternidade como ferramenta de mobilização política.…”
Section: José Farias (2012) Traz Uma Interessante Reflexão Acerca De ...unclassified
“…Então, é 7 Ainda que não seja possível explorar longamente no presente texto, em minha monografia desenvolvo a reflexão sobre como essa ocupação dos espaços por parte das Mães revela a instrumentalização de uma "autoridade moral materna", em que a presença dessas mulheres em eventos LGBT atua como uma proteção, na medida em que, como apontado por Márcia e Rita, "ser mãe" traz um peso e uma espécie de validação moral das vidas e reivindicações de seus/suas filhos/as. Essa mobilização da maternidade enquanto suporte moral para as reivindicações de mães que se constroem enquanto sujeitas políticas à medida que passam a integrar e construir movimentos sociais também aparece em outros casos de ativismo materno, especialmente em contextos de mobilizações de mães de vítimas de violência, como nas pesquisas de Adriana Vianna e Juliana Farias (2011), Jurema Brites e Claudia Fonseca (2013) e Paula Marcela França (2020). Tais pesquisas revelam a recorrência de um cenário no qual essas mulheres adentram a esfera pública para reivindicarem os direitos de seus/suas filhos/as, ou mesmo justiça e midiatização em casos de violência e extermínio, sendo comum o endereçamento às militantes pelo nome "as mães", mesmo quando referindo-se a outras/os integrantes, e uma centralidade da maternidade como ferramenta de mobilização política.…”
Section: José Farias (2012) Traz Uma Interessante Reflexão Acerca De ...unclassified
“…Vocalizar a luta por direitos no espaço público, em meio a interlocuções com outros atores políticos 25 , transformou a própria subjetividade de minha interlocutora.…”
Section: Daniela Ramos Pettiunclassified