Uma família como outra qualquer: Casamento igualitário e novas famílias em igrejas evangélicas LGBT

Abstract

Resumo O artigo debate nexos entre religião, identidades coletivas, política e sexualidade em segmento de igrejas evangélicas no Brasil que retira a homossexualidade das definições de pecado da tradição cristã, constituindo dinâmicas de renovação e politização do campo. A crescente preocupação de algumas vertentes religiosas com o casamento gay, com a adoção por casais de pessoas de mesmo sexo e com outras demandas dos movimentos LGBT tem colocado em foco, a partir de trabalho de campo realizado em igrejas evangélicas brasileiras de perfil minoritário, as igrejas inclusivas ou igrejas LGBT. Argumento sobre o enlace entre linguagens religiosas e categorias e ideias do campo dos direitos sexuais, constituindo passagens e inovações em um dado contexto.

Avanço E Radicalização De Projetos Homotransfóbicos No Congresso Nacional Brasileiro

“…No entanto, os discursos de ódio homotransfóbicos desses setores religiosos reacionários, mobilizados amplamente nas igrejas, internet e reproduzidos por políticos para angariar atenção e votos de conservadores, como nas justificativas e pareceres sobre os projetos de lei e seus substitutivos analisados neste artigo, já têm logrado silenciar e afastar pessoas e movimentos LGBTI e feministas da seara educacional, que optam, constrangidos, pela autocensura, e acirrar o controle de grupos religiosos e econômicos reacionários sobre a cultura e as políticas públicas do Estado. (Miskolci;Campana, 2017;Moura;Silva, 2023;Natividade;Oliveira, 2009).…”

A Homofobia Religiosa No Processo De Subjetivação De Professores Gays Do Semiárido Baiano

“…A perspectiva adotada neste artigo sobre a noção de homofobia está interligada a um cenário plural de discriminações acionado por transformações políticas, culturais e sociais bem recentes (NATIVIDADE, 2009), mas que por serem interdependentes dificultam o acesso de indivíduos homossexuais aos seus direitos básicos. Tal percepção nos amplia o campo de visão sobre esse fenômeno, já que os processos de estigmatização direcionados aos sujeitos que exercem formas de diversidade sexual são estimulados por diferentes mecanismos de opressão, inclusive quando percebidos pelas transformações supracitadas, e que partem "[...] de um idioma cultural que dava margem à distribuição desigual de status e de privilégios sociais" a esses indivíduos (NATIVIDADE, 2009, p. 126).…”

Dialogando sobre direitos sexuais com os usuários do SUS nos espaços de atendimento da Policlínica Piquet Carneiro – PPC/UERJ

“…Esta relação assimétrica pode implicar engajamento emocional dos sujeitos envolvidos, favorecendo a perpetração de formas muito sutis de sujeição e violência. (grifos do autor) 16 Consideramos mais do que necessário pensar ações e políticas públicas que defendam e protejam a população LGBT. É tarefa nossa contribuir para eliminar, nos nossos espaços, práticas discriminatórias e preconceituosas quanto à orientação sexual e identidade de gênero.…”