Entre revelar e esconder: pais e filhos em face da descoberta da homossexualidade

Abstract

Este trabalho trata da relação entre pais e filhos quando diante da situação social da descoberta da homossexualidade. Foram ouvidos 20 jovens brasileiros do sexo masculino entre 18 e 24 anos de idade, universitários, de camadas médias e que se autoidentificam como homossexuais. Privilegiamos conhecer as experiências vividas por esses jovens no sentido de assumir a homossexualidade em casa. O reconhecimento da homossexualidade pelos familiares e, sobretudo, entre eles mesmos movimenta nesses jovens todo um conjunto de medos que se expressam em formas concretas de violência, sofrimento psíquico e incertezas. Procuramos compreender como esses jovens lidam com as agressões e os sofrimentos que cotidianamente recaem sobre suas vidas, indo de encontro a um esforço coercitivo de seus familiares para os adequarem à norma sexual hegemônica.

Family violence against gay and lesbian adolescents and young people: a qualitative study

“…Many families, faced with the dissidence of the heterosexuality of their members, carry out a series of punishments, ranging from mild verbal offenses to serious physical violence (24) . Studies show that rejection and family violence in the outcoming process and the non-provision of social support have a direct impact on the health of homosexual adolescents and young people, with consequences such as: social isolation, depression, suicidal ideation and attempt, low performance low self-esteem, higher social exposures and an increase in internalized homophobia (1)(2)(25)(26) . Data from a survey of ten women living heterosexual-normative dissenting lifestyles with a focus on homophobia in the family context revealed that families exert control over their members in order to maintain the compulsion of heterosexuality.…”

“Foi como se a gente tivesse visto a morte”

“…Nossos resultados reiteram os de outras pesquisas que revelam alta prevalência de discriminação, violência e problemas de saúde mental entre pessoas com práticas homossexuais (JORM et al, 2002;COCHRAN, SULLIVAN, MAYS, 2003;SIQUEIRA et al, 2009;SOLIVA, SILVA JUNIOR, 2014;PERUCCHI, BRANDÃO, VIEIRA, 2014). Cerca de dois, em cada cinco respondentes do inquérito relataram passar por situação violência por orientação sexual; cerca de um, em cada três, passar por situação discriminação por orientação sexual; aproximadamente dois, em cada três, relataram sofrimento psíquico no último ano.…”

“…Também chama atenção para os altos índices de discriminação, violência e problemas de saúde mental entre homossexuais, quando comparadas às ocorrências entre heterossexuais (JORM et al, 2002;SUSAN et al 2003;TEIXEIRA-FILHO, RONDINI, 2012;SEFFNNER, 2013;SIQUEIRA et al, 2009;SOLIVA, SILVA JUNIOR, 2014;PERUCCHI, BRANDÃO, VIEIRA, 2014). Ainda que vários estudos ressaltem a importância das categorias de gênero (masculino/feminino) para a regulação da vida sexual dos HSH (FRY, 1983;PARKER, 1991e RIOS et al 2017, esse aspecto não tem sido devidamente abordado em estudos sobre estigmatização e saúde mental com base em análise estatística de inquéritos comportamentais.…”

Identidad sexual en jóvenes gay del norte de Chile

“…Este último punto se vuelve relevante en la construcción de identidad ya que declarar una determinada orientación lleva consigo la reafirmación de una determinada identidad y su aceptación, proceso que es acompañado, muchas veces, por miedos al rechazo que los entrevistados piensan que podrían sufrir por sus propias familias, concordando con los planteamientos de De La Mora y Terradillos (2007). Hallazgos semejantes se han registrado en Brasil, donde el reconocimiento de la homosexualidad en jóvenes por parte de los familiares se acompaña de un conjunto de emociones como el miedo (Soliva & Silva Junior, 2014). Ante esto, y coincidiendo con lo que plantean al respecto el COGAM (2006) o De La Mora y Terradillos (2007), en el discurso de los entrevistados se logra recalcar que este acto de revelación pública de la orientación sexual es parte de un proceso largo de reflexión, aceptación y autodescubrimiento.…”

“…Esta investigación llena un vacio en el área ya que, a diferencia de otros contextos como Brasil (Soliva & Silva Junior, 2014;Tavares & de Oliveira, 2010), no existen estudios previos sobre el tema en el país, y menos aún a nivel regional. La investigación se realizó en la ciudad de Antofagasta, ubicada a más de mil kilómetros al norte de la capital de Chile.…”