Eixo ético-humanístico da Faculdade de Medicina da Bahia: percepção dos estudantes

Abstract

<jats:p>Resumo Impulsionadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina, publicadas em 2001, as universidades reestruturaram seus currículos a fim de articular a prática médica ao Sistema Único de Saúde, dando maior atenção às humanidades. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia reformulou seu currículo em 2007, implantando o eixo ético-humanístico, ofertado do primeiro ao oitavo semestre. Este estudo analisa a percepção acerca desse eixo com base em questionário respondido por 418 estudantes. A maioria dos participantes afirmou conhecer os objetivos do eixo ético-humanístico, mas acredita que seus colegas de curso não o consideram importante para a formação. A maior parte diz privilegiar disciplinas dos módulos biológico e clínico, mas considera necessário que disciplinas do eixo ético-humanístico estejam presentes em todos os semestres.</jats:p>

Perfil acadêmico e produtividade científica dos docentes de Bio(ética) no ensino da fonoaudiologia do Rio Grande do Sul

“…Essa discussão se inicia a partir da constatação de que uma das IES não possui disciplinas de ética e/ou bioética em sua grade curricular, contrariando inicialmente os dispostos das DCN (BRASIL, 2001a) e o Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2001b;FINKLER;CAETANO;RAMOS, 2013). Nessa conjuntura, emergem duas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas por estudos com metodologias específicas para este fim: a primeira se relaciona com a transversalidade na formação, garantindo através de uma sistemática integrada que o conteúdo de ética e bioética perpassa por todas as disciplinas da grade curricular (MOTA; VÉRAS, 2020;SANTOS et al, 2020;WERNECK, 2020). Embora, alguns estudos, já demonstraram resistência dos próprios docentes na implementação desse formato de currículo (FORMIGLI et al, 2010;MOTA;VÉRAS, 2020).…”

“…Nessa conjuntura, emergem duas hipóteses que podem ser confirmadas ou refutadas por estudos com metodologias específicas para este fim: a primeira se relaciona com a transversalidade na formação, garantindo através de uma sistemática integrada que o conteúdo de ética e bioética perpassa por todas as disciplinas da grade curricular (MOTA; VÉRAS, 2020;SANTOS et al, 2020;WERNECK, 2020). Embora, alguns estudos, já demonstraram resistência dos próprios docentes na implementação desse formato de currículo (FORMIGLI et al, 2010;MOTA;VÉRAS, 2020). A segunda alternativa, é a presença do currículo oculto que conta com a postura ética e moral de todos os docentes do curso, servindo como modelo para a formação dos discentes, em detrimento de comportamentos não éticos expostos pelos próprios docentes, marcando o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, dado que, comportamento é consequência da internalização de princípios e valores (ABRAHÃO, 2018; BURGATTI; BRACIALLI; OLIVEIRA, 2013; FERREIRA; MOURÃO; ALMEIDA, 2016).…”

“…Tais aspectos segundo estudos, são proporcionados pela própria evolução do curso, em detrimento à pressão e ao estresse quando estão sobrecarregados com atividades e responsabilidades, podendo contribuir para perda da qualidade de vida e ocasionar o esgotamento emocional ou Burnout (AMORE FILHO et al, 2018;BATLEY et al, 2016;PARO et al, 2014). Foi possível perceber também, que a construção de valores e virtudes, durante o processo de formação é fundamental para a prática profissional (AMORIM; ARAÚJO, 2013;GIUBILINI;MILNES;SAVULESCU, 2016;MOTA;VÉRAS, 2020).…”

“…Espera-se formar profissionais embasados, capazes de agir frente a concepção sociocultural e econômica apresentada na sua prática, possibilitando por sua ação, transformações em benefício da sociedade (BRASIL, 2001a). Por outro lado, para isso acontecer, faz-se importante a existência da transversalidade fazendo com que essas perspectivas sejam conteúdo da matriz curricular em sua totalidade (MOTA;VÉRAS, 2020;SANTOS et al, 2020;WERNECK, 2020) e de disciplinas que proponham reflexões críticas sobre comportamento, na prática profissional (FINKLER; CAETANO; RAMOS, 2013).…”