Horizontes Compreensivos Da Constituição Do Ser Professor De Química No Espaço Da Prática Como Componente Curricular: Um Estudo De Caso

Abstract

RESUMO: A determinação da inserção de 400h de Prática como Componente Curricular (PCC) nos cursos de formação de professores tem mobilizado espaços de discussão acerca da dimensão prática na constituição docente. Diante desse contexto, em nossa investigação tencionamos compreender a potencialidade da PCC no processo constitutivo do professor de Química. Para tanto desenvolvemos um estudo de caso em componentes curriculares com esta atribuição, constituindo informações por meio de materiais avaliativos produzidos pelos licenciandos, sendo as mesmas analisadas via pressupostos da Análise Textual Discursiva. Como compreensões emergentes destacamos: a relevância de compreender as percepções dos licenciandos acerca do que é ser professor como estratégia para complexificação de entendimentos superficiais e limitantes sobre a docência e dos processos atinentes ao ensinar e aprender.

Perspectivas do pensamento crítico e formação de professores de Ciências em pesquisas brasileiras

“…Também é elencada nas pesquisas a subcategoria Formação de professores e PC no currículo oficial, em que as pesquisas apontam para a presença dessa reflexão em Documentos Oficiais, revelando um discurso não raro no contexto brasileiro ao nos depararmos com o termo PC em documentos oficiais, discursos de professores, livros com a temática relacionada ao Ensino de Ciências e/ou Química, entre tantos outros momentos e espaços com foco na formação de professores e processos de ensino e de aprendizagem. Dificilmente, entretanto, se complexifica a discussão no sentido de ampliar o que realmente se caracteriza como PC e quais estratégias teórico-metodológicas podem orientar nossas ações no contexto da sala de aula para que tal finalidade possa ser alcançada (CALIXTO, 2019) Além dessa preocupação formativa, se faz necessário percebemos, ainda, a preocupação do PC alinhado à Resolução 2/2015 (BRASIL, 2015), que institui as Diretrizes de Formação Superior para a formação inicial e continuada de professores: "Como atenderemos a demandas como as sinalizadas no inciso quarto, do artigo quinto da Resolução (CNE/CP 02/2015), anteriormente citada, na qual se enfatiza a relevância de estratégias na formação de professores que desenvolvam o PC?" (T9).…”

Entre o Presente e o Futuro: Adaptações da Matriz Curricular do Curso de Licenciatura em Química da UFGD Frente aos (Novos?) Documentos Normativos

“…Movimento ancorado pelas preocupações dos professores, que integram o coletivo deste espaço, e pelas demandas normativas que tem emergido. A matriz curricular do curso passou por aproximadamente cinco alterações, respectivamente nos anos de 2013, 2015, 2016 e 2019, sendo que no ano de 2013 houveram duas alterações (Calixto, 2019). Nas duas últimas reorganizações foram realizados movimentos no intento de oportunizar a recontextualização do currículo diante do disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de Licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda Licenciatura) e para a formação continuada, promulgadas por meio da Resolução CNE/CP 02/2015 (Brasil, 2015).…”

Análise dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Licenciatura em Química Paranaenses: As Compreensões Tecidas à Luz do Enfoque CTSA

“…No entanto, para que o professor possa atuar nesse contexto, faz-se necessário que, em sua formação inicial, encontre subsídios que lhe possibilite desenvolver sua atividade educativa nesta perspectiva. Isso requer a congruência entre o currículo prescrito, regido pelos documentos oficiais, e o currículo real, o qual se realiza efetivamente na sala de aula (Calixto, 2019), de modo a promover o isomorfismo na formação de professores, ou seja, a aproximação entre o tipo de formação ofertada com a que é exigida em sua prática profissional (Niza, 1997;Marcelo-García, 1999;Calixto, 2019).…”