“…A filosofia intersecciona a administração pública não somente no plano dos princípios constitucionais e desdobramentos legais, mas também doutrinário, como é o caso dos conceitos de legalidade e de discricionariedade (Lotta & Santiago, 2017), tanto quanto na esfera das ações e no processo de tomada de decisão política. Nessa órbita se destacam, ainda, elementos de racionalidade, de valores e da cultura nacional a impactarem os denominados dilemas morais com efeito sobre o que se denomina governo e ante os quais se colocam os agentes públicos (Ames, Serafim, & Martins, 2021;Santos, 2020;Santos, Serafim, & Lorenzi, 2018;Santos et al, 2019). Este debate se assenta em questões de fundo que antecedem os parâmetros técnico-científicos e pertencem à seara da filosofia, envolvendo valores em conflito, escolhas, implicações e responsabilidades, todos afeitos ao fundamental campo da ética.…”