Florescimento no Trabalho: Impacto do Perdão Disposicional e do Suporte Social Emocional

Abstract

Resumo: O florescimento no trabalho tem despertado interesse crescente dos estudiosos, no contexto do modelo de Demandas e Recursos do Trabalho. O objetivo deste estudo foi investigar as relações de um recurso pessoal (perdão disposicional) e de um recurso do trabalho (suporte social emocional) com o florescimento no trabalho de enfermeiros, bem como avaliar o papel mediador do suporte social emocional nessas relações. A amostra foi composta por 515 trabalhadores de enfermagem. Os resultados da modelagem de equações estruturais apontaram que o perdão disposicional e o suporte social emocional relacionaram-se positivamente ao florescimento no trabalho. Ademais, o suporte social emocional mediou parcialmente a relação entre o perdão disposicional e o florescimento no trabalho. A escolaridade também exerceu impacto sobre o florescimento no trabalho. O modelo de mediação parcial apresentou índices de ajuste adequados. Os resultados demonstraram a relevância do suporte social emocional para o florescimento no trabalho, assim como sua relação com o perdão disposicional. O estudo avançou, portanto, na explicação de alguns dos fatores responsáveis pelo florescimento no trabalho de enfermeiros, categoria profissional de grande importância para a sociedade em geral. Palavras-chave: Florescimento no Trabalho, Suporte Social Emocional, Perdão Disposicional, Bem-Estar no Trabalho.Abstract: The flourishing at work has attracted growing interest from scholars, in the context of the Job Demands and Resources model. The aim of this study was to investigate the relationships of a personal resource (dispositional forgiveness) and a job resource (emotional social support) with the flourishing at work of nurses, as well as to evaluate the mediating role of emotional social support on those relationships. The sample consisted of 515 nurses. The results of structural equation modeling indicated that dispositional forgiveness and emotional social support were positively related to flourishing at work. In addition, emotional social support mediated partially the relationship between dispositional forgiveness and flourishing at work. Schooling had also an impact on flourishing at work. The partial mediation model presented adequate fit indexes. The results demonstrated the relevance of emotional social support for the flourishing state at work, as well as its relation to dispositional forgiveness. The study has advanced on the explanation of some factors responsible for flourishing at work in nurses, an occupational category of great importance for the society.

Development and Validation of a Spanish Short Servant Leadership Survey (SSLS6-3F) among Spanish Workers in Religious Non-Profit Organizations

“…Additionally, a scale developed by Diener et al [67] was employed to measure subjective wellbeing. Three dimensions were evaluated using a Likert scale: satisfaction with life (Satisfaction With Life Scale (SWLS)) from 1 (totally disagree) to 7 (totally agree); positive and negative experiences (Scale of Positive and Negative Experience (SPANE)) from 1 (very rarely or never) to 5 (very often or always); and flourishing (Flourishing Scale (FS)) from 1 (totally disagree) to 7 (totally agree), which is an adaptation to the work context that was developed by Mendonça et al [68].…”

Contribuições Das Práticas De Gestão De Pessoas Para O Florescimento No Trabalho: Uma Revisão Integrativa (2011-2021)

“…São inúmeras práticas de GP abordadas na literatura, para tanto, Demo et al (2012), ao desenvolverem a Escala de Percepção de Políticas de Gestão de Pessoas (EPPGP) no Brasil, referem que as práticas de envolvimento; treinamento, desenvolvimento e educação -TD&E; condições de trabalho; avaliação de desempenho e competências; recompensas; e recrutamento e seleção são as mais eficazes para a promoção do bem-estar, valorização, realização profissional e pessoal do trabalhador e que, por sua vez, estão presentes em organizações cuja GP é mais humanizada. Consoante a isso, verifica-se, no que diz respeito à relação entre as práticas de GP e bem-estar no trabalho, que há um consenso de que as práticas de GP impactam positivamente o bem-estar no trabalho (HORTA; DEMO; ROURE, 2012;POLI, 2020;DEMO et al, 2021), bem como no florescimento do trabalhador (THOMAS;LUCAS, 2018;CHAVES et al, 2019;RADIC et al, 2020).…”

“…Corroborando, Siqueira e Padovam (2008) e Huppert e So (2013) já referiam que o trabalhador apresenta elevado nível de bem-estar quando está satisfeito com o trabalho que realiza, reconhece seu envolvimento com as atividades e mantém compromisso afetivo com sua organização laboral. Dessa forma, os níveis de florescimento são ampliados (MELÉ, 2003;RAUTENBACH;ROTHMANN, 2017;CHAVES et al, 2019).…”

“…Logo, segundo Seligman (2011), trabalhadores que florescem podem experimentar oscilações de humor ocasionais, mas, devido à característica de resiliência, essas detonações não afetam seu nível geral de bem-estar e florescimento. Chaves et al (2019) esclarecem que o florescimento no trabalho pode ser considerado como a integração do bem-estar subjetivo e psicológico, ou seja, tanto os recursos do trabalho quanto os recursos pessoais, juntos ou não, são fundamentais para o florescimento laboral. Diante disso, o florescimento é descrito como o estado ideal de saúde mental (KEYES; HAIDT, 2003;KEYES, 2007;SELIGMAN, 2011;SIQUEIRA, 2014;OLIVEIRA-SILVA;PORTO, 2021), alcançado por meio de experiências positivas e uma gestão eficiente dos fatores relacionados ao trabalho (RAUTENBACH, 2015;REDELINGHUYS;BOTHA, 2018), que envolve aspectos holísticos no bem-estar no trabalho e orienta a forma de percepção do indivíduo sobre seu labor (LEGGE, 1995).…”