Subdesenvolvimento brasileiro à luz de Celso Furtado: uma “radiografia” da estrutura distributiva de renda no país

Abstract

Resumo O subdesenvolvimento brasileiro, na forma como foi qualificado por Celso Furtado, evidencia natureza notadamente distributiva derivada da conexão precisa entre dependência cultural externa e exploração interna do trabalhador. Apesar do diagnóstico que data de algumas décadas, nuances da estrutura distributiva no período recente permitem o reconhecimento da relevância e atualidade dessa interpretação, de modo que a análise de informações mapeadas em uma ampla “radiografia” da distribuição de renda brasileira constituiu o objetivo deste trabalho. Procurou-se responder se o que se passou, desde o último escrito de Celso Furtado, teria modificado as condições mais fundamentais por ele descritas. De uma forma geral, as informações aqui tratadas, à luz de Furtado, sugeriram a persistência do subdesenvolvimento brasileiro, avaliado a partir das estruturais assimetrias socioeconômicas que ainda o compõem.

Educação Básica E Suas Influências Para O Desenvolvimento Das Liberdades Humanas

“…A metodologia utilizada para este escrito caracterizou-se pela revisão de cunho qualitativo, embasada nos princípios da pesquisa bibliográfica. Os autores que nos auxiliaram a pensar sobre este tema foram: Rodrigues e Gomes (2020), Sen (2000Sen ( , 2010Sen ( , 2015, Bessa (2008), Santos (2011), Furtado (1992Furtado ( , 2000, entre outros.…”

O Estado, O Mercado E a Sociedade Em Discussão:

“…Nesse sentido, a teoria do subdesenvolvimento estuda a dificuldades para a promoção da homogeneização social e do consequente desenvolvimento (FURTADO, 1974). Furtado (1992), ao analisar o processo de transformação industrial brasileiro, aduz que a superação do subdesenvolvimento não se daria somente pela homogeneização social, mas exigiria a criação de um sistema produtivo eficaz e com certa autonomia tecnológica. Tal fato requereria uma ação orientadora do Estado dentro de uma estratégia de industrialização e a posterior exposição à concorrência internacional, permitindo o aumento da exportação.…”