Na música pop e sua circulação globalizada consolidou-se uma comunicação institucionalizada em formas culturais reconhecíveis. Os gêneros musicais constituem assim, dentro de um complexo sensorial midiático, as noções e percepções maiores sobre a produção musical. Propõe-se aqui observar as hibridizações e os experimentalismos – espaços semióticos “entre” as categorias midiáticas – como processos comunicacionais de diferenciação que privilegiam imprevisibilidade artística e atualizações políticas. Para tanto, sugerimos uma revisão epistemológica centrada nos processos menores percebidos no som, a partir da noção de pós-gênero, cujo caminho teórico-metodológico baseado na semiótica, no pós-estruturalismo e no decolonialismo questiona as desigualdades narrativas que marcam a música pop nas mídias.